Zoobotânico de Brusque: saiba quais são os animais mais velhos do parque
No local é possível conhecer um jabuti de 30 anos, entre outros residentes antigos
No local é possível conhecer um jabuti de 30 anos, entre outros residentes antigos
Entre felinos, aves, primatas e outras famílias de animais, há espécies que conseguem se adaptar e viver por anos e décadas em parques como o Zoobotânico de Brusque.
Carlos Alexandre Reis, atual diretor do parque, comenta que cada animal possui a sua necessidade e que, para que vivam bem durante anos, é preciso uma atenção especial do parque para cada caso.
“É um conjunto de fatores que vão influenciar na vida do animal, uma boa alimentação de qualidade e balanceada, consultas periódicas com médica veterinária para acompanhamento e desenvolvimento do animal”, diz o diretor.
“Além disso é preciso cuidado com os recintos para que sempre estejam em boas condições de higiene e limpeza, ajudando a garantir a saúde animal e o enriquecimento ambiental. Ações são desenvolvidas para cada espécie, ajudando a desenvolver os instintos naturais dos animais. Com toda certeza todo trabalho precisa ser executado com muito amor pois se trata sempre de uma vida”, conclui Carlos.
Questionado sobre a longevidade dos animais, o diretor explica que muitos deles ultrapassam a expectativa de vida pelo bom tratamento que recebem. “A onça pintada por exemplo, possui 25 anos e a expectativa era 20”, pontua Carlos.
Confira abaixo uma lista feita com os 10 animais que estão há mais tempo no parque. Um nasceu no parque, outros vieram de outros lugares, mas cada um fez parte da história do Zoobotânico de Brusque.
Jabuti-tinga é uma das duas espécies de jabuti. Embora não tenha nome, essa Jabuti-tinga é o animal vivo mais antigo que existe no Zoobotânico de Brusque. Por ter chegado em 1992, hoje ela já possui 30 anos. O animal se alimenta de frutas, batata-doce, folhas verdes, carne moída e ração de jabutis.
Em segundo lugar é uma Carcará. A ave que não tem nome entrou no parque em agosto de 1993 e portanto possui 29 anos de idade. Ela se alimenta três vezes por semana de 120 gramas de carne bovina. Em outras três vezes ela come frango e em um dia ela come um rato abatido.
O jabuti-piranga é uma das duas espécies de jabuti conhecidas. A que vive no parque chegou em março de 1994 e por isso possui 28 anos. O animal se alimenta de frutas, batata-doce, folhas verdes, carne moída e ração de jabutis.
Chicão é o nome do macaco-aranha-de-cara-preta que vive no parque. Ele entrou no Zoobotânico em dezembro de 1996. Hoje com 26 anos, Chicão já chegou adulto no parque e atualmente é um dos animais mais velhos do local.
Nina chegou no parque no dia oito de outubro de 1997. Hoje com 25 anos, a onça-pintada chegou no parque quando ainda era uma filhote. O animal se alimenta de um quilo de carne bovina, pescoço, coxa e sobrecoxa por dia. Além disso, recebe carbonato de cálcio diariamente no alimento.
Nomeado como Ninca Hagen, o jacaré-de-papo-amarelo presente no parque já possui 25 anos. Ele chegou jovem no Zoobotânico de Brusque em abril de 1997.
O macaco-rhesus é um primata da família Cercopithecidae que habita as florestas temperadas. É um animal de cor geralmente castanho-avermelhada. Chamado de Alemão, o macaco-rhesus que existe no parque chegou em março de 1999 e hoje está com 23 anos.
No Zoobotânico há dois macacos-prego que possuem mais de 15 anos. O primeiro é o Alfa. Ele entrou no parque em março de 1999 e possui 23 anos. Depois vem a Chiquinha. Ela chegou no Zoobotânico em março de 2004 e possui 18 anos.
Os animais recebem duas alimentações por dia. No matutino, eles comem ração de primatas somada de folhas verdes. Já no vespertino comem batata-doce, ovos, carne cozidas, legumes e frutas.
É o única da lista que nasceu no parque. Nomeada de Brutus, a anta nasceu em dezembro de 2003 e possui 19 anos.
Dois dos animais que viveram por mais tempo no Zoobotânico de Brusque são macacos da espécie Mandril. Katuly morreu no dia 23 de janeiro deste ano após viver mais de 20 anos no parque.
O primata, que chegou no Zoo com quatro anos de idade, junto com sua parceira Karmina, completaria 25 anos no mês de março. Sua parceira morreu em 2017 e Katuly dividia o recinto com a filha, Katarina.
“Era um animal adorado por todos, mas com o passar dos anos, sentindo a idade chegar, ficava cada vez mais fraco. É com pesar que a equipe do Zoobotânico de Brusque, informa o falecimento do nosso companheiro Katuly”, comentou Carlos.
Já no dia 4 de março, a mandril Catarina deixou a instituição. O animal nasceu no parque em 2010 e portanto, viveu cerca de 12 anos no parque. Sua mãe, Carmina, morreu há cerca de cinco anos, e o pai, Katuly (citado acima), faleceu em janeiro deste ano.
Logo, pelo fato de ser um primata que tem como característica viver em bando, a equipe técnica do Zoo decidiu que seria melhor para o animal estar em convívio com outros de sua espécie.
“O Zoobotânico de Brusque sentiu muito pela saída de Catarina. Porém, para seu bem-estar animal, é de extrema importância que fique em grupo. Sentiremos muitas saudades, já que ela nasceu no nosso Zoo”, comentou o diretor do Zoobotânico, Carlos Alexandre Reis.
O novo lar da Mandrillus spihx está sendo o Zoobotânico de Bauru. Já o recinto em que Catarina viveu até agora, no Zoo de Brusque, passará por uma reforma para depois receber outra espécie.
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