Zoobotânico e outros espaços podem ser concedidos à iniciativa privada na próxima gestão
Prefeito eleito Ari Vequi diz que uma equipe será criada para tratar somente das parcerias público-privadas na cidade
Prefeito eleito Ari Vequi diz que uma equipe será criada para tratar somente das parcerias público-privadas na cidade
O prefeito eleito de Brusque, Ari Vequi (MDB), revelou em entrevista ao jornal O Município que a partir de 2021 pretende montar uma equipe dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para tratar da concessão de espaços públicos à iniciativa privada no município.
A intenção é discutir a viabilidade de repassar vários espaços que hoje são de responsabilidade do município para a gestão de empresas, por meio das parcerias público-privadas.
Entre esses espaços, o atual vice-prefeito elenca o Parque Zoobotânico, o pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, o Parque das Esculturas, a Arena Brusque, a Cachoeira do Merico, no bairro Cedro Alto e também o Observatório Astronômico, no Mont Serrat.
“A melhor saída para esses locais é a iniciativa privada, não tenho dúvidas disso. Estamos abertos às parcerias. Desafio quem quiser ser parceiro, que venha a Brusque conhecer esses equipamentos”, diz.
Vequi afirma que em relação ao Parque Zoobotânico, há uma conversação com o Zoológico de Pomerode, um dos maiores do estado. “Eles já vieram verificar. Podemos, talvez, fazer uma parceria, uma integração com o Zoológico de Pomerode. Mas isso tem que ir para discussão, tem todo um trâmite legal no Tribunal de Contas, porque seria uma concessão”.
Apesar da vontade de conceder à iniciativa privada esses espaços, Vequi destaca que não é um processo fácil, principalmente no caso do Zoobotânico. “Simplesmente fazer uma concessão no modelo de que quem assumir fica com tudo, duvido que alguém vai se interessar, porque tem todos os custos de manutenção”.
De acordo com ele, o que pode acontecer é firmar uma parceria com a prefeitura ainda repassando recursos para manutenção, por exemplo, nos primeiros anos.
“Por um período continuaríamos bancando uma parte dos custos do parque, por exemplo, e no futuro a empresa parceira assume completamente. Mas isso tudo tem que ser muito bem estudado, não é de uma hora para outra”.
O prefeito eleito cita como exemplo o Parque Leopoldo Moritz, popular Parque da Caixa d’Água. Há alguns anos, o local é cuidado por terceiros que vivem no local, mantêm o espaço aberto, realizam as manutenções necessárias e também comercializam alimentos e bebidas.
Desde 2012, o parque está no centro de uma briga judicial. Naquele ano, a prefeitura conseguiu uma ordem para que a família desocupasse o local. A defesa, entretanto, entrou com recurso e conseguiu a manutenção da família no espaço.
O processo ainda tramita na Justiça. Vequi diz que esta gestão solicitou um acordo com a família que ocupa o local. “Queremos manter essa estrutura. Eles mantêm o parque limpo, organizado, aberto. Custa mais barato do que se a prefeitura fosse fazer isso. Pedimos o acordo e em breve deve ser formalizado”.