Conheça a história de Cleyton, zagueiro que completa 100 partidas pelo Brusque
Xerifão da zaga quadricolor chega aos 100 jogos pelo time neste domingo, na partida contra o Barroso
Xerifão da zaga quadricolor chega aos 100 jogos pelo time neste domingo, na partida contra o Barroso
Ele conhece os caminhos do Augusto Bauer como ninguém. Passou pelos piores momentos do Brusque, mas também viveu intensamente suas glórias. Cleyton, o zagueiro-zagueiro do quadricolor chega a 100 partidas e cinco anos atuando com a camisa do time neste domingo, na partida contra o Almirante Barroso.
Natural de Cantagalo (RJ), município com pouco mais de 20 mil habitantes e a duzentos quilômetros da capital, Cleyton bateu às portas do Bruscão em 2012, um ano esquecível para o torcedor do time. Mas inesquecível foi a performance do zagueiro que, apesar de fazer parte da campanha da queda, teve um desempenho acima da média e desde então é sempre lembrado para defender as quatro cores do manto brusquense.
Os primeiros passos
Cleyton Nascimento Meireles, que completará 28 anos na próxima semana, sempre viveu o futebol. Seu irmão foi jogador profissional, e o pai também atuava nos campeonatos amadores da região. A busca do futebol como profissão e forma de sustento surgiu ao natural.
Depois de se aprimorar em escolinhas, em 2005, com apoio do irmão, chegou ao Avaí onde conheceu o futebol catarinense. Teve seu primeiro ano no Juvenil do Leão, aos 16 anos. Em 2008 conheceu o Brusque ao ser campeão catarinense pela base do Avaí, justamente em cima do quadricolor. Nos anos seguintes subiu ao profissional do time azul e branco e chegou a atuar em partidas do Brasileirão e da Copa do Brasil, mas não foi muito aproveitado nos anos seguintes.
Em 2012, chegou por empréstimo do Avaí ao Brusque. Ele relembra como era a situação da diretoria na época, cheia de problemas extracampo. “Eu sempre ouvia falar bem do Brusque, mas quando cheguei aqui a realidade era diferente. Não era mais o Danilo (Rezini) o presidente, os principais patrocinadores deixaram o time e os gestores atuais não estavam bem estruturados financeiramente”, conta.
Assim que o Catarinão 2012 encerrou e a queda para a Série B estadual foi consumada, Cleyton saiu para atuar em Avaí, Guarani de Palhoça e Marília (SP). Em 2013, com o retorno da gestão Rezini, ele foi lembrado. “O que me fez voltar foi uma ligação do Carlos (Beuting, diretor de futebol) que prometeu que as coisas iriam melhorar. Tinham ficado pendências que aos poucos se acertaram. Eu também gostei muito da cidade”, completa.
Lutas e glórias
Chegou 2013 e Cleyton defendeu mais uma vez o Brusque, lutando pelo acesso. Subiu com o clube, mas caiu no ano seguinte. O zagueiro acompanhou toda a gangorra que foi a história recente do quadricolor, sofrendo junto com a torcida e almejando dias melhores. “Tenho um carinho grande pelo Brusque. Meu sonho é ver esse clube crescer”, completa.
Enfim chegou o ano de 2015 e, mais uma vez, surgiu a missão de buscar o acesso à Série A do estadual. Aguerrido o zagueiro foi um dos ícones do título da segundona naquela temporada, e é justamente uma partida de 2015 que ele considera ser sua melhor memória com a camisa do Bruscão.
“Tenho um carinho grande pelo Brusque. Meu sonho é ver esse clube crescer”
Em 26 de julho, o Brusque lutava com unhas e dentes pela ascensão à elite estadual, mas não teve vida fácil contra o adversário do dia, o Concórdia. Saiu perdendo por 2 a 0 e conquistou a virada pelo placar de 4 a 2. Cleyton relata os bastidores de uma partida fundamental para a presença do time na Série A. “A gente estava perdendo de 1 a 0 e pouco depois nosso goleiro, o Wanderson, foi expulso, aí levamos outro gol. No intervalo ele estava chorando no vestiário mas eu falei pra ele: relaxa, nós vamos virar essa partida. No segundo tempo eu fiz um gol, e depois os companheiros também colaboraram para a vitória”, completa.
O futuro
Cleyton tem muita lenha pra queimar, mas ainda não quer pensar no futuro. Está focado nas próximas partidas do Brusque pelo Campeonato Catarinense, fundamentais para a conquista de uma vaga na Copa do Brasil. Ele reconhece as falhas que a equipe vem cometendo, o que resulta nos recentes resultados ruins, mas afirma que não vai faltar luta da sua parte para que o time volte a reencontrar o caminho das vitórias. “A torcida pode esperar de mim o que eu venho mostrando desde 2012, muita luta e garra para conquistar nossos objetivos e terminar o ano de cabeça erguida”, completa.
“A torcida pode esperar de mim o que eu venho mostrando desde 2012, muita luta e garra para conquistar nossos objetivos e terminar o ano de cabeça erguida”
O zagueiro titular do Bruscão sempre teve uma boa relação com a torcida do clube, e ressalta a importância disso após todas as 100 partidas oficiais as quais defendeu o clube. “Ter torcida que te apoia nos momentos bons é fácil, difícil é receber incentivo quanto estamos mal. E a torcida do Brusque sempre apoiou durante todo o tempo. Eu só tenho a agradecer”.
5ºBrusque 2×0 Camboriú (30/08/2015)
Na parceria de Rogélio, Cleyton foi o titular no jogo do acesso e do título do Bruscão em 2015
4º Brusque 2×1 Remo (16/02/2017)
Cleyton foi o xerifão da zaga, tirando tudo de perto da área na vitória histórica contra o Remo, o que rendeu a vaga inédita do time para a segunda fase da Copa do Brasil.
3º Brusque 2×1 Figueirense (06/03/2016)
Cleyton marcou em partida disputada na última temporada. Os bons resultados em 2016 renderam vagas para Brasileirão Série D e Copa do Brasil.
2º Brusque 0x0 Corinthians (01/03/2017)
Chamou a atenção de todo o Brasil ao fazer parte do elenco que segurou o Corinthians no Augusto Bauer.
1º Brusque 4×2 Concórdia (26/07/2015)
Cleyton marcou na virada histórica diante do Concórdia, e ajudou a segurar as pontas em jogo com atleta expulso no quadricolor.
Imagens: TV Brusque