Negociações na 44ª Pronegócio garantem produção a empresas da região
Expectativa é que 1 milhão de peças sejam vendidas até sexta-feira, 19
Expectativa é que 1 milhão de peças sejam vendidas até sexta-feira, 19
Até sexta-feira, 19, a 44ª Pronegócio receberá 700 compradores de todo o país. Um milhão de peças devem ser comercializadas durante o evento, que iniciou na segunda-feira, 15, no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof.
Com produtos expostos em cerca de 200 araras de roupas, fabricantes locais apostam no evento para garantir um bom ano. Isso porquê as vendas geradas durante as rodadas de negócios servem de base para o planejamento de produção e vendas de empresas locais.
“A feira, hoje, é nosso foco principal, trabalhamos voltados para ela. Quanto mais vender, mais vamos produzir, mais mão de obra será contratada e precisaremos comprar mais matéria prima. É algo que movimenta nossa empresa e quem trabalha com a gente”, resume Renata Montagnoli.
Ela representa o setor feminino da Liberty Confecções, bairro Azambuja, que expõe no evento desde sua primeira edição. Até participarem das rodadas de negócio, as vendas e a abertura de novos mercados dependia de uma equipe de representantes comerciais. A logística facilitada, redução de custos e a maior eficiência do contato direto durante as rodadas, afirma, levaram a uma nova estratégia para divulgação da marca.
Para Renata, a facilidade de contato com compradores, possibilidade de apresentar o produtos para um mercado ainda não explorado, são outro atrativo. De acordo com ela, o modelo adotado na feira é democrático e facilita o contato entre fornecedores e compradores de diferentes portes.
Geração de negócios
O presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr), Ademir Jorge, destaca a visibilidade gerada para marcas locais e a mudança de perfil gerada com as negociações. Hoje, afirma, muitos dos compradores de diferentes pontos do país reconhecem a qualidade e o valor agregado dos produtos produzidos na região em função do contato direto com fabricantes.
Com a diversidade de peças expostas, o presidente destaca o papel da entidade e da feira na prospecção de novos clientes e abertura de novos mercados. Para ele, a organização permite um desenvolvimento mais saudável do setor na região.
Ao todo, são quatro rodadas de negócio por ano. Fato que, segundo o presidente, permite um movimento constante e incentiva a produção de coleções específicas para cada uma.
“Muitas empresas têm essas rodadas de negócios como seu único canal de vendas. A Pronegócio representa um setor têxtil muito importante. Brusque e região ganham com isso, fomentando renda e empregos”.
Diversidade e organização
Há 15 anos, Nestor Henkes, encara 800 quilômetros de viagem para abastecer sua loja com produtos vendidos na Pronegócio. A diversidade e qualidade de produtos estão entre os fatores que levam o comerciante a buscar alternativas tão distantes do município gaúcho de Três de Maio.
Atuando no comércio há 38 anos, Henkes conheceu o evento por indicações de amigos e organização do evento. Segundo o lojista, a disposição dos mostruários e a liberdade dada aos visitantes facilitam na busca por roupas mais exclusivos.
O empresário afirma que desconhece outra alternativa viável com tanta variedade de produtos e onde se possa contatar diretamente com um número tão grande de produtores. O evento é realizado pela Ampebr em parceria com o Sebrae-SC.