Após proposta de compra, laudo de avaliação da Villa Renaux deve ser finalizado nesta semana
Partes aguardam ofício para se manifestarem sobre os valores
Partes aguardam ofício para se manifestarem sobre os valores
Com proposta de compra da empresa Havan, o laudo de avaliação da Villa Renaux, em Brusque, deve ficar pronto nesta semana. A informação foi repassada pela avaliadora Elizabete Ubialli, responsável por essa parte do processo.
Após a avaliação, os laudos devem ser apresentados aos credores, ao Ministério Público e ao administrador judicial, para que se manifestem sobre o documento.
A proposta de compra movimenta o processo de falência da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, já que, se aceita, o valor será destinado ao pagamento de parte dos credores.
A avaliação do imóvel será basicamente uma análise sobre o seu preço de mercado. No final da apresentação do laudo, haverá a verificação dessa avaliação pelos credores, pelo administrador judicial e pelo Ministério Público. Caso haja discordância, uma nova avaliação será realizada.
Conforme Elizabete, o engenheiro avaliador já visitou o imóvel e está aguardando o laudo de avaliação. Até esta segunda-feira, 24, o documento deve estar pronto.
Se o parecer sobre a avaliação for favorável, será proposta a venda direta do imóvel para o potencial comprador, nesse caso, a Havan.
Conforme o administrador judicial, Gilson Sgrott, a avaliação se faz necessária principalmente por não se tratar de uma venda direta entre comprador e vendedor. “Onde se pode discutir o preço entre eles. Mas trata-se de uma massa falida, em que há credores, fiscalização do administrador judicial e fiscalização do Ministério Público, então é necessário que haja essa avaliação prévia para ver se há consonância entre a proposta e o real valor do bem”, diz.
Sgrott tem a expectativa de que, se o valor da avaliação for compatível com a proposta, a venda direta para a Havan deve ocorrer. “Já é uma falência de longa data e, se o preço estiver compatível, acredito que todos vão aceitar, essa é a tendência. O que favorece a compra direta é que já saberemos de antemão o valor proposto e não será preciso realizar o leilão, onde há o risco de obter uma proposta muito abaixo do esperado.”
Atrelado ao processo de venda, tramita também um processo judicial de usucapião do imóvel para Vitor Renaux Hering, trineto de Carlos Renaux. A mãe de Vitor, Maria Luiza Renaux, cuidou da residência por anos. Por conta disso, toda movimentação envolvendo a venda da Villa Renaux também é repassada para ele, a fim de obter sua anuência.
Dessa forma, no estágio atual, caso a venda do imóvel seja oficializada, o dinheiro não será repassado imediatamente aos credores, pois será necessário aguardar o resultado do processo de usucapião. Em caso de parecer favorável da Justiça para tornar Vitor herdeiro do imóvel, o dinheiro da venda irá para ele; caso contrário, a Villa Renaux continuará pertencendo à massa falida, e o valor será dividido entre os credores.
Ainda conforme Gilson Sgrott, dentro do processo de usucapião, houve vitória da defesa em primeiro grau, mas o impetrante recorreu, e o processo encontra-se em julgamento no Tribunal de Justiça, em Florianópolis. O administrador judicial também acredita na improcedência do recurso.
Em contato com Vitor Renaux Hering, ele disse que não possui novidades sobre o processo de compra do imóvel, mas que segue acompanhando as movimentações. Já sobre o trâmite envolvendo o usucapião, afirma que este é um processo lento e que, no momento, é necessário aguardar.
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