Barragem de Botuverá perde caráter multiúso e se restringirá ao combate a cheias

Secretário de Defesa Civil de SC diz que negocia com ICMBio documento de exceção para construir barragem por utilidade pública

Barragem de Botuverá perde caráter multiúso e se restringirá ao combate a cheias

Secretário de Defesa Civil de SC diz que negocia com ICMBio documento de exceção para construir barragem por utilidade pública

O secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Mário Hildebrandt, anunciou nesta segunda-feira, 26, que a barragem de Botuverá será restrita ao combate a cheias, e não mais multiúso. A intenção antes era que a estrutura servisse para outras finalidades, como geração de energia, abastecimento de água e fomento ao turismo.

No entanto, conforme Mário, a lei aprovada em Brasília para permitir a construção da barragem acabou atrapalhando o processo. O secretário não detalhou o que levou ao entrave, mas relata que a legislação gera um impasse para conquista da licença definitiva para construção.

Um encontro em que Mário apresentou o atual panorama da futura barragem de Botuverá aconteceu no hall do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (Cescb). O ato foi promovido pela Associação Empresarial de Brusque (Acibr). Autoridades do município acompanharam a apresentação.

Agora, a Defesa Civil negocia com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) um documento de exceção para permitir a construção. A medida poderia ser autorizada por questões de utilidade pública, o que acabaria com o caráter multiúso da barragem.

“Não sei quem fez o projeto [de lei, aprovado em Brasília], mas grudou na área do parque (sic) e estamos negociando com o ICMBio um documento de exceção para liberar a construção como utilidade pública”, afirma o secretário de Defesa Civil.

O secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Mário Hildebrandt. Foto: Thiago Facchini/O Município

Mário comenta que depende da negociação com o instituto para dar prosseguimento ao processo licitatório, suspenso em dezembro. Ele entende que iniciar a obra sem o aval do ICMBio pode gerar complicações na Justiça que irão atrasar ainda mais a construção.

“Diziam que era o projeto [de lei] da solução e acabou sendo o projeto do problema”, considera Mário. Trata-se de uma obra orçada em R$ 140 milhões, uma demanda antiga de Brusque e região. Toda a construção será paga pelo governo do estado.

A barragem terá aproximadamente 40 metros de altura e duas comportas. De acordo com o secretário, entre as barragens a serem construídas, é a primeira prioridade da Defesa Civil, seguida pelas barragens de Mirim Doce e Petrolândia.

Encontro promovido pela Acibr

O presidente da Acibr, Marlon Sassi, destacou o apoio do empresariado ao promover eventos deste tipo. Ele entende que a construção da barragem de Botuverá é um interesse de toda a comunidade de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Itajaí.

“Nós temos um suporte técnico nos orientando para que a população tenha certeza que estamos nos encaminhando para o melhor para cidade. Brusque sofre muito com cheias e temos uma Beira Rio destruída. Os números de reconstrução já justificam a necessidade da barragem”, entende.

Ele apresentou o especialista em recursos hídricos, Carlos Alberto Rockenbach, como um consultor da associação empresarial quando o assunto é a barragem de Botuverá. O encontro com o secretário Mário Hildebrandt foi mais um dos vários já promovidos pela entidade.

Entre as autoridades, marcaram presença os prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá, André Vechi (PL), Valmir Zirke (PP) e Victor Wietcowsky (PP), além de servidores da Defesa Civil e outros representantes dos setores público e privado.


Assista agora mesmo!

Desenvolvedor de Guiné-Bissau, na África, conheceu Brusque após contato no LinkedIn:


Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo