A Abel Moda Vôlei tem tudo para sempre jogar a Superliga A; menos o investimento
Nas atuais condições, é impossível fazer mais do que já se faz; falta quem invista pesado
Nas atuais condições, é impossível fazer mais do que já se faz; falta quem invista pesado
A Abel Moda Vôlei obteve uma conquista enorme nesta quinta-feira, 29: venceu o Recife fora de casa e garantiu a vaga na Superliga A 2024-25, apenas uma temporada depois da queda. Vai disputar o título contra o Mackenzie-MG, das veteranas Sassá e Saraelen, Às 18h30 de domingo, 7.
Trata-se de um time com diversos apoiadores pela cidade, mas não há um investimento massivo para que se torne um time que jogue a elite com frequência. É a própria comissão técnica que instala e retira o tapete para os jogos da Superliga B na Arena Brusque, por exemplo. As bolsas do Programa Arthur Schlösser têm papel fundamental.
Torcida existe. Há um público fiel e considerável que adquire os ingressos para as partidas. Quando os portões foram abertos, no primeiro jogo da semifinal, a Arena Brusque recebeu público enorme, ainda mais considerando que a partida começou no infeliz horário das 18h para atender à grade de programação do SporTV.
O trabalho existe. Maurício Thomas é um técnico de renome nacional, com passagens por seleções brasileiras de base, experiências no exterior, campeão da Superliga masculina como auxiliar. É cercado por uma enxuta e fiel comissão que soma qualidade e dedicação ao trabalho. Fora que Thomas ainda acumula funções de diretoria.
Time de qualidade existe. Jogadoras jovens e muito dedicadas se juntam ao projeto liderado por Maurício Thomas. É oportunidade, valorização e destaque. Todo time da Abel Moda até aqui teve elencos de qualidade.
Só não conseguiu fazer frente na Superliga de 2022 porque não tinha orçamento para tanto. Um acesso da segunda à primeira divisão do vôlei feminino é como se fosse da Série D para a Série A no futebol, em termos de estrutura e orçamento. Talvez o abismo seja até maior. E mesmo assim havia os destaques individuais.
Falta alguém abraçar o projeto e investir pesado, juntar milhões daqui com milhões de lá e formar uma equipe competitiva para a Superliga B. O time já provou diversas vezes sua competitividade, a competência no trabalho, já provou que tem público, que é time de Superliga A. Beira o impossível fazer mais do que se faz com o que se tem hoje. Falta o investimento para o próximo passo.
Bombeira sofre fratura no pé, enquanto salva mulher que se afogava no rio Itajaí-Mirim, em Brusque: