“A cidade não pode ficar parada por causa de burocracia”, diz Jean Dalmolin, novo presidente da Câmara de Brusque
Recém-eleito presidente do Legislativo, vereador comenta ideias para curto mandato e aborda outros assuntos
Recém-eleito presidente do Legislativo, vereador comenta ideias para curto mandato e aborda outros assuntos
O vereador Jean Dalmolin (Republicanos) foi eleito no dia 16 de maio para a vaga de presidente da Câmara de Vereadores de Brusque. O parlamentar, que integra a base do governo André Vechi (PL), promete não travar projetos no Legislativo e garantir a aproximação da Câmara com a comunidade. Está nos planos de Dalmolin a criação de um “gabinete aberto”.
Dalmolin concedeu entrevista ao jornal O Município na segunda-feira, 20. O presidente falou sobre as prioridades do curto mandato de sete meses que terá à frente do Legislativo, nova Câmara, relação com o governo, envio de projetos em regime de urgência e outros assuntos.
O presidente do Legislativo ainda justificou os motivos para manter o acordo de assumir a Mesa Diretora para um mandato menor em relação ao período em que é comum, de um ou dois anos. O acordo para Dalmolin ser eleito para vaga já era costurado desde dezembro de 2022, e se concretizou após algumas mudanças com o passar dos meses.
Quais serão as prioridades do seu mandato como presidente da Câmara?
Vamos manter o bom trabalho que o ex-presidente Cacá Tavares vinha fazendo. Sabemos que há os compromissos da Câmara e temos que respeitar o orçamento. Vamos dar andamento aos projetos, pois há alguns parados. Algumas entidades me procuraram para tentarmos dar andamento a esses projetos.
Se for para o bem da cidade, não vamos amarrar nenhum projeto. Além disso, vamos dar celeridade para o que desce do governo. A cidade não pode ficar parada por causa de burocracia. Reclamamos tanto disso.
Qual a sua posição sobre os projetos do governo que chegam em regime de urgência?
Durante o mandato do prefeito André Vechi, desde o início, foram poucos projetos que vieram em urgência. Tenho certeza que o governo vai ter todo o cuidado para não mandar projetos em regime de urgência que venham prejudicar a cidade.
Quando é algum projeto em urgência, às vezes algum secretário da prefeitura desce à Câmara ou o presidente chama, para serem tiradas todas as dúvidas. Eventualmente, o que há de projetos em urgência são coisas relacionadas ao orçamento, em que é necessário dar prioridade.
O poder Legislativo tem algumas demandas internas. Uma delas é a nova Câmara. O senhor pretende dar andamento a isso durante a gestão? Pretende praticar alguma alteração no projeto?
A nova Câmara é, por unanimidade dos vereadores, uma necessidade, principalmente para o servidor efetivo, que tem dificuldade de espaço para armazenar documentos e realizar reuniões. Estamos falando deste projeto desde o mandato do vereador Alessandro Simas como presidente.
Ainda não parei para conversar com o Jefferson Silveira, diretor-geral da Câmara, e quero falar com ele para verificar a situação do projeto. Pelo o que decidimos, vamos ampliar o espaço ao lado do estacionamento da Câmara. Não sei se vai dar tempo de começarmos algo, mas é necessário.
Qual o posicionamento da presidência em relação ao governo André Vechi e Deco Batisti?
Desde o início, nunca fui oposição. Isso não faz parte do meu perfil. Vamos fazer um trabalho unido, tanto com o Judiciário quanto com o Executivo. A relação tende a ser da melhor forma possível, respeitando a independência da Câmara e a opinião de cada vereador.
O senhor não acredita que um período de sete meses não será pouco tempo para tomar uma medida efetiva? Por que o senhor insistiu neste acordo de assumir a presidência mesmo faltando tão pouco tempo para o término da legislatura?
A presidência é um assunto falado desde quando o prefeito André Vechi foi eleito como presidente da Câmara, em dezembro de 2022. Tínhamos um grupo formado em que ficou definido que ele ficaria no cargo por um ano e eu por um ano. Com a situação da cassação do ex-prefeito Ari Vequi, adiantamos esse processo.
Nesse meio tempo, o vereador Deivis da Silva assumiu como presidente e o vereador Cacá Tavares se interessou pelo cargo. Um dia ele (Cacá) me chamou e eu disse que era tudo bem dividir o mandato com ele.
Sete meses pode ser pouco tempo, ou pode ser que não seja. Terei cerca de 30 sessões de trabalho. Não tinha a missão de ser presidente, mas, como meu nome apareceu nessa conversa, fiz questão de ser. Será uma baita experiência.
O senhor tem a intenção de elaborar um “gabinete aberto” na Câmara. Poderia detalhar como funcionaria?
A Câmara vai continuar aberta para atender toda a população. Temos um projeto em mente para aproximar ainda mais a comunidade com a Câmara. A exemplo da prefeitura, o gabinete aberto faria com que a população pudesse conversar com o presidente da Câmara em um determinado dia da semana. Temos que analisar como vamos organizar. Acredito que teremos demanda.
Fiéis vão até Rondônia em busca de madeira para bancos de capela no Aymoré: