Acordo bianual garante 2017 sem greve de bancários em Brusque
Negociação salarial fechada no ano passado vale também para este ano e evita paralisações
Já tradicional no calendário dos brasileiros, a greve dos bancários não acontecerá neste ano. A negociação coletiva fechada no ano passado abrangeu também o acordo deste ano. Por isso, a greve está descartada em 2017.
Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brusque (Seeb), Mário Dada, a categoria aguarda, neste momento, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em 31 de agosto, para calcular o acréscimo.
O reajuste salarial deste ano será o INPC dos 12 meses mais 1% de ganho real. “Só haverá greve se houver um fato novo, caso contrário, não vai ter”, diz o sindicalista.
A assinatura do acordo no ano passado com validade para 2016 e 2017 foi uma novidade. Os bancários voltarão a negociar a sua condição de trabalho no ano que vem.
Greves
Os bancários conseguiram assinar o acordo coletivo no ano passado após 31 dias de greve. Em Brusque, a adesão foi tímida. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica fecharam as portas totalmente, e nos bancos privados a paralisação foi parcial e oscilante.
Ainda assim, houve prejuízo no atendimento. A greve foi encerrada, em Brusque, no dia 7 de outubro. A negociação do ano passado garantiu um reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3,5 mil.
A proposta também incluiu aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação.
Foi uma das negociações mais complicadas da década, segundo entidades sindicais. Os bancos alegaram que a crise financeira impedia concessões maiores. A duração de 31 dias de greve foi a maior desde 2004.
O acordo só foi selado na terceira negociação, após a apresentação da terceira proposta por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em 2015, também houve greve, que durou por três semanas.