Roberto Justus (63 anos) esteve em Brusque hoje para tratar de negócios. O apresentador saiu recentemente da Record, e tem novos projetos com a Band que ainda serão apresentados. Mas, a princípio, trata-se da retomada do O Aprendiz, que o apresentador comprou os direitos e passa a exibir na emissora.
André Groh: Frequentas bastante o litoral, e és casado com uma blumenauense. Mas é a primeira vez em Brusque?
Roberto Justus: Em Brusque sim. Mas viemos bastante pra região. A família inteira da Ana Paula (Siebert) está por aqui.
A.G.: Algumas impressões da cidade?
R.J.: Da cidade não consegui ver muito, mas estou impressionado com esse grupo (Havan). Nós sobrevoamos o centro de distribuição e a loja, e falei: mas se uma loja desse tamanho, é tão espetacular para uma cidade com 120 mil habitantes, imagina se tivesse 1 milhão de habitantes. Estaríamos até agora lá dentro fazendo um tour, rs.
A.G.: Conheceu Luciano Hang hoje?
R.J.: Sim, mas parece há 10 anos. Adorei o jeitão dele. Ele sabe que sou muito assim também. Tenho uma energia infindável. Meu genro de 35 anos que fala. Jogo tênis com ele das 12h às 15h, embaixo do sol, ele está morto e eu nem estou suado.
A.G.: Após trocar de emissora, saiu da Record para entrar na Band onde tem novos projetos e busca parceria com a Havan, que acredito que seja esse o motivo que você está aqui. Podes falar algo sobre o programa?
R.J.: Estou há 15 anos na TV, entrei em 2004 para apresentar o programa Aprendiz que a Record convidou para fazer. Depois de uma década, eu sai para uma temporada no SBT e fiz alguns programas. Então a Record me convidou novamente para fazer reality show de grande dimensão, que eu sinceramente não adorei fazer. Fiz, achei legal, foi uma experiência importantíssima, mas havia uma demanda reprimida do O Aprendiz. Então esse é um programa que hoje volta. Comprei os direitos para exibir O Aprendiz. O SBT, e a própria Record quis voltar a exibir. Mas a Band foi a mais atrativa de todas porque me dá liberdade total de fazer o programa. Nós vamos produzir, temos liberdade para ir atrás de parceiros comerciais e entregar o programa. Eu não posso contar muitos detalhes, porque ainda terá coletiva de imprensa então não posso esvaziá-la. Mas posso adiantar que será muito diferente, e a Band já encara como um dos principais projetos e o carro chefe desse ano.
A.G.: Você ainda não teve uma reunião comercial com a Havan, mas já tem algo desenhado para essa parceria acontecer?
R.J.: Mandamos uma proposta em abril, e hoje nos vamos contar as novidades para convencê-los que pode ser um projeto muito interessante. Acho que para a Havan que tem expansão pelo país, um projeto de relevância nacional como é O Aprendiz estimula o empreendedorismo e é acompanhado por famílias e jovens.Estou muito chocado de ver quando anunciamos a possível volta, a reação foi impressionante. Muita gente empreendeu na vida por causa do programa e se espelhou no conceito. É um programa que tem o drama da demissão, o entretenimento das provas e é uma lição de negócios e empreendedorismo que ficou na mente das pessoas.
A.G.: E o conteúdo?
R.J.: Não tem nada de merchandising igual no mundo como nesse programa. É o programa de branded content (conteúdo patrocinado) que a gente chama, que você consegue pegar o conteúdo e vestir o anunciante de uma forma muito legal. Não é aquela coisa de parar o programa para falar de um produto. Isso não funciona. As TVs já têm uma concorrência enorme com a internet, e uma série de outras coisas… Chamar a atenção das pessoas para elas ficarem no programa tem que ser muito especial. O intervalo você sabe, cai muito a audiência. Então durante o programa se eu fizer uma prova dentro de uma loja, está envolvido no conteúdo uma forma de falar do negócio. Nenhum programa na televisão tem tanta condição de fazer ligação de marca como esse. Nós vamos ter todas as provas vendidas, e cada prova terá um anunciante. Eu sou muito fã do O Aprendiz, nasci para fazer este programa, rs.
Foto André Groh