Alerta vermelho
Nas últimas semanas, o caos estabelecido na Venezuela tem adquirido contornos dramáticos na fronteira brasileira. O governo da Venezuela prende jornalistas que fazem reportagens acerca da escassez de alimentos naquele país, que enfrenta uma grave crise econômica, combinando escassez com inflação alta e concentração de poder na mão de um ditador. Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, a crise se deve ao aumento dos gastos públicos e à queda de rendimento da estatal de Petróleo PDVSA (a Petrobrás deles).
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Segundo a revista “Exame”, a crise é uma combinação de endividamento excessivo, falta de investimento em infraestrutura e comprometimento de parte da produção com remessas a custo baixo para países amigos (leia-se “Cuba”).
A herança do “socialismo do século XXI” de Hugo Chávez, que já mostra seus sinais há tempos, está se tornando insustentável. Aliás, não há nada de novo sob o sol. A incompetência absoluta dos socialistas em gestão econômica é pública e notória. A repressão à oposição mostra também a face autoritária desses regimes, para quem a democracia é apenas uma ideia a ser manipulada até que o poder esteja consolidado nas mãos da esquerda radical. Sobre essa ilusão socialista, vale lembrar o que afirmou recentemente o apresentador Danilo Gentili: “Talvez por ter sido pobre e não ter estudado na USP, nunca fui socialista. Quem não é doutrinado em universidade, e é capaz de ler e chegar às próprias conclusões, percebe como o Estado e a intervenção estatal são uma desgraça na vida das pessoas”.
A incompetência econômica desse pessoal vem da sua concepção de economia, baseada nas ideias de Karl Marx, para quem o lucro é resultado da exploração do trabalhador, e a classe operária é que move a economia, enquanto os empresários (a “diabólica” burguesia) são a causa de todos os males sociais.
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Ocorre que, muito ao contrário, é a classe empresarial que leva a sociedade nas costas. Se não tivermos empresas fortes e lucrativas, incentivadas para que tenham cada vez mais saúde financeira, toda a economia entra em colapso, porque as tais “classes oprimidas” dependem do processo produtivo para que tenham a oportunidade de trabalhar e auferir renda. O dinheiro para o assistencialismo não nasce em árvore.
O modelo político que está destruindo a Venezuela é o mesmo da esquerda brasileira. Aliás, Lula e Dilma não só apoiaram Chaves e Maduro politicamente, como despejaram nosso dinheiro na mão deles. A esquerda brasileira, que nos governou até 2014, e pleiteia voltar ao poder, é ovo da mesma serpente que gerou o chavismo da Venezuela. Estamos num momento crucial, com a próxima transição de governo. Mais que gostos pessoais ou sentimentalismo ideológico, o que está em jogo nessa eleição é se vamos retomar a confiança do setor produtivo e voltar a crescer ou se mergulharemos de vez na venezuelização.