Das brincadeiras de infância às histórias de alunos-atletas que se dedicam exclusivamente aos treinos e aos estudos. Muitas vezes, sem tempo até para uma espiadinha nas redes sociais. Quais deles nunca disputaram uma competição na escola, daquelas em que foram heróis ou vilões? O velho ditado já diz que “o importante é competir”. Mas estes alunos-atletas vão além, porque esporte não é só competição, é saúde, é educação, é lazer.
Esporte é um assunto contagiante e precisamos estar preparados para respeitar esses alunos-atletas. Alguns deles, por serem bolsistas, muitas vezes são discriminados e ridicularizados, como foi o caso dos últimos Jogos Escolares de Brusque, quando, num dos jogos, a torcida contrária erguia bolsas e gritava “bolsistas”, como se isso fosse uma vergonha.
Vergonha é alguns alunos-atletas não receberem o devido respeito, quando não conseguem a dispensa das aulas durante o período em que estão ausentes defendendo o município. Vergonha é quando alunos-atletas não têm um período especial de provas em caso de coincidência entre o calendário escolar e o calendário desportivo. Vergonha é quando esses alunos-atletas não têm uma aula de reposição das matérias perdidas. Isso sim teria de ser vergonhoso.
Vamos, então, tentar lhes assegurar alguns direitos, pelo tanto que se dedicam a representar seus municípios, suas escolas, clubes e comunidades. O tempo real é de esportes, já que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão bem próximos. Cada um deve fazer a sua parte, falando sobre esportes, fazendo atividades físicas, comentando sobre o tema na TV, em palestras, blogs, jornais, revistas, rádios. Vamos sim incentivar o esporte, mas, principalmente, aprender a respeitar todos os atletas.
Guilherme Sestrem Santi – 13 anos – aluno do 8º ano