Alunos de escola de Brusque conhecem a Villa Renaux
Estudantes do Ensino Médio conheceram o local na terça-feira, 3
Estudantes do Ensino Médio conheceram o local na terça-feira, 3
Os estudantes do Ensino Médio Inovador, da Escola Yvonne Olinger Appel, tiveram a oportunidade de, na tarde de terça-feira, 3 de julho, conhecer a Villa Renaux e a trajetória histórica de um dos homens mais importantes de Brusque e também do Brasil – o Cônsul Carlos Renaux, que chegou ao Brasil em 1882 e que em 1892 fundou as Indústrias Renaux. A visita foi promovida pela Unifebe, que desde 2017 realiza pesquisas no local e contribui com a preservação do patrimônio cultural.
A atividade vai ao encontro do Projeto Interdisciplinar Valores – Histórias e Memórias, desenvolvido na escola, que tem o objetivo de apresentar aos alunos o contexto histórico da colonização e instalação das indústrias têxteis em Brusque e as transformações ocorridas a partir desse momento.
Além dos cerca de 40 estudantes, participaram da visita os professores da Escola Yvonne Olinger Appel — Lilian Cristina Podgurski, Leila Puel e Marlon Miranda. Para Lilian, que é educadora educacional, a visita desperta nos adolescentes o senso de valorização da história de Brusque.
“Foi extremamente enriquecedor a forma como a professora que guiou a visita repassou a história do Cônsul, desde o seu nascimento até o processo de industrialização das fábricas. Esse momento vem ao encontro do nosso projeto, pois quanto mais você conhece a sua própria história, mais você valoriza a si mesmo e aos outros”, enfatiza a educadora.
A estudante Alice Rúbia de Souza, 16, destaca que foi um privilégio conhecer a Villa Renaux e saber sobre a trajetória do Cônsul, que foi uma personalidade histórica.
Ana Beatriz Herber, 16, conta que os lustres do teto da casa chamaram sua atenção pela arquitetura diferenciada.
“Não imaginava que fosse uma casa tão bonita e tão grande. Ela está muito bem conservada depois de tanto tempo. Também achei interessante a frase que o Cônsul disse antes de falecer, ‘a minha hora chegou'”, salienta a aluna.
Senso de pertencimento
A assessora da Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (Proppex) e coordenadora da editora Unifebe, Rosemari Glatz, é pesquisadora e responsável pelas atividades da Unifebe na Villa Renaux. Foi ela que guiou a visita na casa, mausoléu e jardins e contou detalhes da história do cônsul Carlos Renaux aos estudantes. A Escola Yvonne Olinger Appel é a terceira instituição a visitar o local neste ano.
Rosemari enfatiza que é indispensável disseminar esse conhecimento aos alunos e mostrar que a história tem um começo, meio e fim. Conforme ela, o cônsul se tornou um dos homens mais importantes da época, com grande influência política e econômica, mas é preciso contextualizar que ele teve uma família, estudou, trabalhou e responsabilizou-se socialmente.
“É necessário despertar o senso de pertencimento nesses adolescentes, pois, uma vez que se conhece o seu meio, se pertence mais a esse meio. Nos orgulha fazermos esse trabalho, pois acreditamos que esse aluno chegará em casa e poderá contribuir para mudar a realidade da sua família. Ele vai lembrar que conheceu a história de alguém que cruzou o oceano, chegou numa terra estranha e fez uma linda história, da qual as nossas famílias também se beneficiaram”, destaca a pesquisadora.
Rosemari ainda enfatiza que a Villa Renaux deve servir de inspiração, já que é um espaço conservado e que está intacto com mais de 80 anos de construção.
“A casa serve como exemplo para a preservação e recuperação de outros imóveis da região que também contam a nossa história e que, dia após dia, estão sendo colocados abaixo. É a nossa história, a nossa identidade sendo destruída”, pontua.
Saiba mais
No último dia 30 de junho, os acadêmicos do Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (PROESDE), da Unifebe, também realizaram uma visita de estudos na Villa Renaux com o objetivo de compreender a relação entre aspectos da trajetória de vida do Cônsul Carlos Renaux com o Desenvolvimento econômico de Santa Catarina.
Instituições de ensino que desejam realizar visitas de estudo no local podem entrar em contato com a Unifebe pelo telefone 3211-7207, que, mediante agendamento, poderão fazer visita guiada no local.