Aos 11 anos de idade, ele não queria o que qualquer menino quer: jogar bola, brincar, ler um livro colorido, ir para escola encontrar os amiguinhos, assistir o desenho da moda na TV. No Centro da cidade, achou um lugar diferente, janelas abertas e cheias de coisas para encantar os olhos.
Naquela época de virada de milênio, a maioria das coisas que abarrotavam as vitrines sem vidro era feita do outro lado do mundo e vinha para cá via Ponte da Amizade, de excursão, doze horas para ir, mais doze horas para voltar. Mais do que se divertir com o que havia para crianças, ele queria estar no meio do povo que vinha comprar.
Não foi fácil convencer os donos da banca de brinquedos. Afinal, o que um menino de 11 anos poderia fazer em um centro de comércio alternativo? Nem ele sabia, só sabia que queria trabalhar ali, no ‘camelô’ da rua Lauro Müller, Centro de Brusque.
– Sempre tive vontade de lidar com o povo, de estar em um lugar desses, estar no meio das novidades – afirma Deivis Felipe Imhof, 23 anos, gerente de loja.
Ele é o personagem do Anônimos desta quarta-feira, 27 de junho, na edição impressa do Município Dia a Dia. Confira!