Apesar do aumento de demissões, pedidos de seguro-desemprego diminuíram

Sine aponta absorção rápida da mão de obra demitida

Apesar do aumento de demissões, pedidos de seguro-desemprego diminuíram

Sine aponta absorção rápida da mão de obra demitida

Apesar da queda registrada na empregabilidade em Brusque, nos meses de maio, junho e julho, o número de pedidos de seguro-desemprego protocolados no município, neste ano, está abaixo do número de requisições realizado durante o mesmo período no ano passado. A diferença é vista como reflexo da rápida absorção da mão de obra pelo mercado local.

Enquanto que, de janeiro a agosto de 2013 foram protocoladas 6459 requisições de seguro-desemprego em Brusque; neste ano, o número de pedidos, no mesmo período, foi de 5689, ou seja, houve queda de 11,9% na quantidade de solicitações. Os números são da unidade local do Sistema Nacional do Emprego (Sine).
O mês de julho registrou um dos piores saldos de empregabilidade em Brusque, nos últimos anos. O mercado contratou menos do que demitiu, gerando um saldo negativo de quase 300 empregos. Resultados negativos também foram registrados em junho e maio, mas em menor proporção.
Para o coordenador do Sine de Brusque, Gilson dos Santos, o número de requisições de seguro-desemprego não aumentou em 2014 porque as empresas ainda estão contratando, absorvendo rapidamente a mão de obra demitida.
“Os números são bem positivos, embora nesta época se previa uma estagnação por conta da movimentação eleitoral, época em que os investimentos ficam mais criteriosos”, diz Santos. Ele acrescenta que, na sua avaliação, a queda brusca registrada em julho pode ter sido originada em movimentação de poucas empresas, mas não necessariamente reflete a situação econômica como um todo.
“Brusque tem empresas que contemplam vários segmentos; a fusão de um segmento com outro pode ter sido causa de demissões. Aqui no Sine, sentimos até um aumento no número do cadastro de vagas”, afirma o coordenador.
Ele ressalta, ainda, que a queda na empregabilidade deve se acentuar até o fim do ano, por conta da característica industrial da cidade. A tendência é de que cidades litorâneas comecem a aumentar seu número de vagas, principalmente temporárias, para o setor de serviços, durante o período de férias. Por outro lado, cidades como Brusque, diz Santos, começam a “colocar o pé no freio”, no que diz respeito a contratações.
Mas, segundo o coordenador, a queda na empregabilidade só seria motivo de preocupação se todas as empresas estivessem reduzindo seus quadros, o que, segundo os números do Sine, não está acontecendo.

Emprego estável, mas nem tanto

Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), relativos a Brusque, demonstram que, do ano passado para cá, a cidade vêm se mantendo estável na empregabilidade. Enquanto em 2013 a cidade fechou o primeiro semestre (janeiro a julho) com saldo positivo de 2162 contratações; neste ano o saldo também foi positivo, mas de 2029 contratações. Isso representa uma leve queda (6,1%), com pouco mais de 100 postos de trabalho a menos.

Mas, se forem analisados os números do cadastro de empresas e trabalhadores do Sine, a diferença fica mais acentuada. Em 2013, por exemplo, de janeiro a agosto, o total de vagas captadas pelo órgão foi de 1281; neste ano, em igual período, foi de 788.

Das 1281 vagas captadas no primeiro semestre do ano passado, 482 eram para aumentar o quadro de funcionários das empresas, e 799 para repor. Em 2014, das 778 vagas de emprego, 270 foram para aumentar o número de trabalhadores das empresas, e 508 foram alocados no lugar de trabalhadores demitidos, ou que pediram demissão.

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