Após pedido de cassação de seu mandato, Sestrem afirma que há “ataque institucional” da prefeitura
Vereador publicou vídeo em que afirma que foram feitas lotações de servidores e cadastramento para o PA do Santa Terezinha
Vereador publicou vídeo em que afirma que foram feitas lotações de servidores e cadastramento para o PA do Santa Terezinha
Na primeira sessão da Câmara de Vereadores do ano, nesta terça-feira, 4, o vereador Paulo Sestrem (Patri) avaliou como ataque institucional o pedido de cassação de seu mandato por parte da Prefeitura de Brusque.
A polêmica iniciou após Sestrem publicar vídeo em sua página pessoal do Facebook em que afirma que a prefeitura lotou de forma ilegal funcionários no Pronto Atendimento (PA) no bairro Santa Terezinha, que ainda não começou a funcionar.
O governo municipal divulgou nota rechaçando as acusações do vereador, dizendo que o vídeo continha informações falsas. A prefeitura alega que o Ministério da Saúde exige a existência de servidores lotados e que nenhuma verba está sendo recebida por este motivo.
O secretário da Saúde, Humberto Fornari, e o Procurador Geral do Município, Edson Ristow, encaminharam uma representação ética contra Sestrem. A acusação seria de quebra de decoro parlamentar.
Sestrem apresentou postagens nas redes sociais do prefeito Jonas Paegle e do vice Ari Vequi contra ele. Por isso, ele disse que agora vai entrar com pedidos de cassação do mandato de ambos e que considera as ações da prefeitura um ataque ao trabalho de todos os vereadores.
Segundo o vereador, ele foi até ao PA após manifestações de cidadãos do município e que o secretário Humberto Fornari e o presidente do Conselho Municipal da Saúde (Comusa), Júlio Gevaerd, passaram informações falsas à imprensa e população.
“Na minha opinião, existem três possibilidades para o que estão fazendo: ou estão agindo de má fé, ou não sabem o que estão fazendo, e o secretário Fornari e o presidente do Comusa, Gevaerd, são incompetentes, ou eles estão com tanta raiva deste vereador que não buscaram informações corretas”, afirmou.
A fala de Sestrem se refere ao fato de que informações enviadas pelo governo federal à Câmara contestam a versão da Secretaria de Saúde, no sentido de que não há orientação do Ministério da Saúde para que informações sejam inseridas no sistema sobre lotação de servidores.
Líder do governo municipal na Câmara, o vereador Alessandro Simas (PSD) diz que Sestrem quis ‘jogar para a torcida’. De acordo com Simas, o secretário Fornari já esclareceu as informações e vai disponibilizá-las.
“Não podemos aceitar que se use o instrumento político para falar coisas que não são verdadeiras”, disse.
*Notícia atualizada às 19h37 para adição de informações.