Arquidiocese pretende retomar administração do Hospital Azambuja

Dom Wilson Tadeu Jönck garante que, ao final do decreto, Prefeitura de Brusque deixará a gestão do hospital

Arquidiocese pretende retomar administração do Hospital Azambuja

Dom Wilson Tadeu Jönck garante que, ao final do decreto, Prefeitura de Brusque deixará a gestão do hospital

O Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, o Azambuja, deve voltar à antiga administração, garante o arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, dom Wilson Tadeu Jönck. O decreto de intervenção formalizado pela Prefeitura de Brusque em 3 de junho é válido até 31 de dezembro deste ano. Após essa data, a equipe administrativa nomeada pelo município deve deixar o comando da instituição – que pertence à arquidiocese. 

“Por enquanto é o que está valendo, as autoridades ordenaram. Mas no fim do ano, volta [a gestão da arquidiocese]. Sempre houve a intenção em retomar à gestão do hospital. Há uma administração que é responsável por ele. Isso nos foi tirado e voltará. É um direito”, afirma o religioso. Jönck, no entanto, não soube informar de que forma a arquidiocese irá arquitetar o retorno à administração do Azambuja. Ele garante apenas que o decreto não será prorrogado. 

O prefeito Paulo Eccel, por sua vez, ressalta que a prefeitura só devolverá o hospital à antiga administração se houver concordância na manutenção do atual modelo de gestão – implantando após a intervenção. “Fomos lá (na Arquidiocese de Florianópolis) há cerca de 45 dias, deixamos a auditoria e nos colocamos à disposição para voltar a conversar após a análise dos números. Temos que ter responsabilidade. Não vamos entregar a gestão hospitalar se não houver uma resposta concreta após o decreto de intervenção”, garante. 

Financiamentos ficam de ‘herança’

Segundo o administrador do Azambuja, foram feitos dois empréstimos – em nome do hospital – para aquisição de equipamentos. Em caso da gestão da instituição retornar à arquidiocese, ela teria de honrar os compromissos. Ele explica que, ao assumir a gestão, havia diversos empréstimos feitos pela administração anterior, e estes débitos ‘caíram na sua conta’. “Tivemos que honrar, porque está em nome do hospital. Da mesma forma que eles terão de honrar em caso de retornarem à gestão. Tivemos que comprar equipamentos porque os antigos quebraram. Se não fizéssemos isso, o Centro de Imagem iria parar, não iria ter ultrassom nem tomografia”, relata.

:: Ouça trecho da entrevista com dom Wilson Jönck



> Leia a reportagem completa na edição desta segunda-feira, 28 de outubro, do Jornal Município Dia a Dia.
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