O famoso Ipê amarelo da rua Afonso Pena, no Centro, deve voltar a florescer e encantar a todos os brusquenses e visitantes com sua beleza no próximo ano. Isso porque, a família proprietária do terreno onde ele foi plantado iniciou um processo de limpeza e podagem da árvore para que ela volte a ser como era antes.
“Acreditamos que no ano que vem ela volte a ficar tão bonita e cheia de flores como foi no passado”, diz o pesquisador Aluizio Haendchen Filho, um dos proprietários da residência.
O Ipê que atraía visitantes e muitos flashes no passado, hoje já não floresce tanto como antigamente. A árvore foi plantada na década de 1950, pelo médico Aluizio Haendchen, já falecido, que sempre gostou muito de árvores e decidiu preencher a casa da família com muitas espécies.
Além do Ipê amarelo, também foi plantado, na mesma época, o Ipê roxo, uma Cássia Real e um Chorão, fora as árvores frutíferas que ofereciam tangerina, laranja, ameixa, goiaba.
A beleza da árvore era tanta que no início da década de 1990, o Ipê foi considerado patrimônio da cidade e, por isso, a prefeitura fazia a limpeza das ervas parasitas e podava a árvore todos os anos. “Ela atraía muita gente que vinha fotografar quando florescia”.
Porém, nos últimos dez anos, a floração do Ipê diminuiu consideravelmente, já que a prefeitura parou de fazer a manutenção. “Depois que meu pai faleceu, ela ficou um pouco descuidada. Ela vem diminuindo a floração desde então”.
Aluizio Filho, que morou no local até os seus 18 anos, quando foi estudar em Porto Alegre, e retornou em 2014 para a casa da família, tem muitas lembranças da bela árvore que enfeita sua casa.
“São muitas lembranças de Primavera florida. As flores que caiam formavam um tapete amarelo por cima do gramado, que era magnífico. Lembro muito das pessoas que vinham olhar e fotografar a árvore, e marcou parte da minha infância com setembros floridos e encantadores”, diz.
Tanto o Ipê amarelo, quanto as demais árvores têm um significado especial para a família Haendchen. “Lembro de uma música do Francis Hime que me traz recordações dela. Uma parte da letra diz: ‘Cores da minha infância/Cheiro de essência/ Gosto e vontade/ Ruas cortadas’ e assim por diante. Temos saudade da época em que ela florescia intensamente”.