Após assinatura de ordem de serviço, obra da margem esquerda da Beira Rio tem início

Consórcio formado por três empresas começou processo de limpeza e escavação

Após assinatura de ordem de serviço, obra da margem esquerda da Beira Rio tem início

Consórcio formado por três empresas começou processo de limpeza e escavação

Tão logo o prefeito de Brusque e os administradores das empresas responsáveis pela obra de prolongamento da margem esquerda da Beira Rio assinaram a ordem de serviço, as máquinas deram início aos trabalhos. A assinatura da documentação foi realizada na tarde desta quarta-feira, 17, acompanhada por autoridades.

O ato foi realizado no salão nobre da Prefeitura de Brusque. As empresas integrantes do consórcio são a Pacopedra, de Gaspar, a Freedom, de Blumenau, e a Setorsul, de Brusque. A previsão da conclusão de obra é de até dois anos.

A obra iniciou nas proximidades da Ponte do Trabalhador, com trabalhos de limpeza da vegetação e escavação. Conforme explicou o vice-prefeito, Ari Vequi, as obras na ponte Mário Olinger, próximo ao Corpo de Bombeiros, deverão ficar para o fim do ano, uma vez que exigirá interrupção do trânsito.

Considerada a maior obra individual de mobilidade urbana do município, a via está orçada em mais de R$ 25 milhões e terá quatro quilômetros, entre a ponte Mário Olinger (próximo ao Corpo de Bombeiros) e a ponte do Trabalhador.

A obra contempla drenagem, pavimentação, passeio público, ciclofaixas e baias para transporte público e sinalização. Também estão previstos enrocamentos (armaduras nas margens para evitar a erosão), construção de muros e terraplanagens.

Além disso, a ponte Mário Olinger será prolongada e uma nova ponte será construída sobre o ribeirão São Pedro.

Canal extravasor
A obra foi possível por meio de projeto aprovado no Programa Avançar Cidades, do Ministério das Cidades. Conforme explica o prefeito de Brusque, Jonas Paegle, o fato de a obra servir como um canal extravasor para as cheias que ocorrem com frequência em Brusque foi importante para a aprovação. “Levamos imagens das enchentes que ocorrem aqui, como forma de comprovar a importância da obra”.

Paegle afirma, porém, que a obra recebeu críticas por parte da população, e as rebateu. “Tem gente falando que estamos destruindo a mata ciliar. Infelizmente são pessoas que não gostam de acompanhar o progresso e o desenvolvimento da cidade”.

O engenheiro do consórcio, Cristian Fuchs, explica como funciona o trabalho das três empresas. “Cada uma coloca a sua especialidade na obra. A Freedom e a Pacopedra têm o know-how de pavimentação, drenagem e enrocamento, enquanto a Setorsul é especializada na construção dos muros de contenção. A gente junta forças para executar a obra deste modo”.

O valor total da obra é financiado junto ao Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Os recursos são oriundos do do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Desapropriações
Cerca de 20 terrenos ficam no caminho da obra de prolongamento. Segundo explica Vequi, a prefeitura iniciou tratativas com os donos das terras, no intuito de desapropriar de maneira a beneficiar as duas partes.

No entanto, Vequi explica que as negociações são condicionadas às leis. “Nós temos um valor máximo no qual podemos investir na compra dos terrenos. Queremos resolver esse impasse de maneira pacífica, contudo se não for possível teremos que tomar medidas judiciais. Só esperamos que não seja necessário, uma vez que isso atrasaria a obra”.

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