Assistentes sociais de Brusque realizam mobilização pela redução da carga horária

Lei Federal diz que profissionais da categoria devem trabalhar 30 horas semanais. Hoje, eles trabalham 40

Assistentes sociais de Brusque realizam mobilização pela redução da carga horária

Lei Federal diz que profissionais da categoria devem trabalhar 30 horas semanais. Hoje, eles trabalham 40

Cerca de 30 assistentes sociais realizam na manhã desta terça-feira, 17, uma manifestação em frente à Prefeitura de Brusque. O objetivo é que o órgão municipal cumpra com a Lei Federal Nº 21.317 de agosto de 2010, que regulamenta em 30 horas semanais a carga de trabalho da categoria. Atualmente, os profissionais trabalham 40 horas.

A assistente social do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Azambuja, Thaís Pereira Souza da Costa, que também é uma das líderes do movimento, diz que querem apenas que o seu direito seja cumprido. Ela afirma que com a redução da carga horária terão melhores condições de trabalho, o que impactará numa melhoria e na qualidade do atendimento à população.

“Trabalhamos com as mazelas da sociedade, com a vulnerabilidade social, com a saúde mental das pessoas, isso gera muito estresse. Teremos melhor qualidade para atender as pessoas, mas sem perder a qualidade”, reitera.

Ela conta que desde 2011 tentam chegar a um consenso com o executivo, porém, até hoje não foram atendidas. Segundo Thaís, ambos os prefeitos com quem conversaram – Paulo Eccel e Roberto Prudêncio Neto – afirmam que se reduzissem o horário teriam que contratar mais profissionais para atender a demanda. “Isso não seria necessário. Pois reorganizaríamos a carga horária, com atendimento normal, inclusive com horário de almoço estendido”, explica.

A assistente social ainda diz que em Brusque órgãos como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cumprem com as 30 horas. Somente a prefeitura que não obedece a Lei Federal.

Ela afirma também que na última conversa que tiveram com o prefeito interino da cidade, Prudêncio Neto, em março deste ano, ele chegou a dizer que um dos motivos para não diminuir a carga horária estaria relacionado a ser um ano eleitoral. No entanto, até julho, é possível aplicar novas medidas que não descumprirão as regras do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).

Negociação

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região (Sinseb) está apoiando o movimento. Por meio da Comissão Organizadora estão mediando as negociações dos assistentes sociais com o executivo. O presidente Orlando Soares Filho diz que é um direito da categoria e que estarão lutando para que seja atendido. Ele afirma que o dia é de mobilização e caso o prefeito não atenda a solicitação da classe estarão se reunindo para ver se continuarão o protesto nos próximos dias.

Além disso, os trabalhadores participarão da sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira para solicitar apoio e compreensão do legislativo nesta luta.

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