Aterro gera reclamações no bairro Limeira
Fundema afirma que já ordenou o afastamento dos entulhos da margem do córrego na localidade de Boêmia
Fundema afirma que já ordenou o afastamento dos entulhos da margem do córrego na localidade de Boêmia
A Fundação Municipal do Meio Ambienta (Fundema) já notificou a secretaria municipal de Obras para que realize afastamento de entulho gerado por um aterro, na localidade conhecida como Boêmia, no bairro Limeira. A área estava licenciada para terraplanagem com aterro e ‘bota fora’, no entanto, esse aterro acabou passando dos limites e chegando muito próximo do córrego que há no local.
O assunto foi levantado na Câmara Municipal pelo vereador Jean Pirola (PP). Ele protocolou pedido de infrmação para saber o teor da licença que foi concedida pela Fundema para o aterro. O vereador quer saber se foi realizado estudo de impacto ambiental neste aterro, qual a destinação e objetivo das obras, além de cópias dos projetos de engenharia, ambiental e dos demais, que deram inicio ao estudo das liberações das licenças.
Pirola considera que os alagamentos e deslizamentos de terra que acontecem em Brusque podem estar ligados à falta de planejamento na condução de obras de terraplanagem e aterros. Ele foi procurado pelos moradores da localidade, preocupados com a quantidade de material que está sendo despejado lá.
Acúmulo de lixo
Segundo informam os moradores, o lixo está prejudicando o curso normal das águas, assolando o riacho que passa no interior da localidade, além dos questionamentos sobre a situação da qualidade da água, pelo fato de que o lixo do aterro estar atingindo o curso d’água.
“Era um pequeno córrego, bem na descida do morro, próximo ao britador municipal. O lixo contaminou a água, tinha óleo na beira d’água. Hoje o aterro deve ter em torno de dez metros de altura. Isso nos preocupa bastante, ainda estão colocando materiais lá”, afirma o parlamentar.
A Fundema realizou a liberação de “terraplanagem, aterro e bota fora” através da licença ambiental nº 217/2012 e “autorização para corte de vegetação” através da licença ambiental nº 035, no qual o requerente é a própria Prefeitura de Brusque.
Segundo o superintendente da Fundema, Diego Furtado, que realizou inspeção no local, havia outros materiais depositados lá, como lixo e entulho, pela própria população, que acabou gerando acúmulo na margem do córrego.
“A secretaria de obras fará a limpeza e dentro de poucos dias deve estar normalizado. Também faremos o cercamento da área, que não pode mais ficar aberta, porque senão a população vai continuar despejando lixo lá”, afirma.