Atletas de Brusque participam da Corrida de São Silvestre, em São Paulo
Competição é um dos eventos esportivos mais tradicionais do país e foi realizado na última segunda-feira, 31
Competição é um dos eventos esportivos mais tradicionais do país e foi realizado na última segunda-feira, 31
Realizada todos os anos em São Paulo, a Corrida Internacional de São Silvestre é o evento esportivo que marca o final do ano e uma das corridas mais conhecidas e tradicionais do país. A São Silvestre ocorre desde 1925, e reúne atletas que correm para vencer e outros que desejam participar, desafiar seus próprios limites e se colocar à prova. Com um percurso de 15 quilômetros, é uma prova mista e, na edição de 2018, contou com a participação de alguns representantes de Brusque.
Corredora há um ano e meio, Ariana Eccher, de 32 anos, foi uma das brusquenses que esteve presente na corrida. “Não é fácil correr 15 km no calor, e numa cidade como São Paulo, onde o ar torna-se pesado devido à poluição”, comenta. Mas, para ela, todas as dificuldades se tornam pequenas se comparadas à emoção de estar participando da prova. “É uma das maiores festas do esporte do Brasil”, diz.
O incentivo do público também ajudou: Ariana conta que, quando os corredores passavam, as pessoas na rua gritavam frases de motivação. “Idosos, crianças, davam a mão e gritavam ‘Força!’, ‘Falta só mais um pouco’, ‘Isso aqui é a São Silvestre’.”
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Outro brusquense que esteve presente no evento foi Luciano Walendowsky Fialho, 52 anos. Ele, que estava sedentário há três anos, decidiu mudar seu estilo e qualidade de vida e se dedicar à preparação para a prova, que era um sonho de juventude. “Eu sempre quis participar. Na São Silvestre, mais do que correr, você está fazendo parte de um evento. Correr se torna quase um detalhe”, brinca.
Motivação
Para Ariana, a maior motivação foi a superação. “O ano de 2018 foi um ano em que busquei novos desafios. Comecei a correr provas de pequenas distâncias e escolhi a São Silvestre para fechar com chave de ouro.” Ela já havia participado de outras provas antes, como a Maratona Caixa, uma corrida de 6 km no Rio de Janeiro, e ficou em 8º lugar na categoria em que estava.
Na São Silvestre, a participação feminina na prova começou em 1975, mas foi só vinte anos depois, em 1995, que uma atleta brasileira venceu a corrida: a atleta Carmem de Oliveira. A maior vencedora geral, entre homens e mulheres, é a portuguesa Rosa Mota, recordista detentora de seis títulos consecutivos, entre os anos de 1981 e 1986.
“Historicamente, as mulheres puderam participar da São Silvestre só a partir de 1975, devido ao machismo, dos homens acreditarem que as mulheres não tinham corpo e nem força o suficiente”, comenta Ariana. Para ela, poder participar da prova e ver outras mulheres correndo é uma demonstração de força e determinação: “Somos capazes, fortes o bastante, e podemos realizar coisas incríveis”.
Preparação
A preparação de Ariana começou dois meses antes. Como já corre há algum tempo, os treinos de corrida são rotineiros, e ela realiza três ou quatro por semana. Além disso, faz musculação, também três vezes na semana. “Mas, para a prova, tive que incluir também a fisioterapia na minha rotina, pois lesionei meu quadril em outubro”, conta.
Luciano começou a se preparar ainda no início do ano. Começou com caminhadas e corridas curtas, passando para os treinos de corrida de cinco, 10, 12 e 15 km, que é o tamanho do percurso da prova. Ele finalizou a prova em 2h04m16s, que considera um bom tempo. “Com 45 minutos diários de qualquer atividade física você muda sua vida, melhora sua autoestima, seu humor e autoconfiança”, pontua.
Os resultados oficiais de todos os participantes da prova ainda não foram divulgados, porém Ariana fez sua própria cronometragem, e contabilizou seu tempo final em 1h42m. A São Silvestre, embora tenha sido um momento de superação em 2018, faz parte da preparação da atleta para outro objetivo, que quer cumprir neste ano: a meia maratona de Paris, em março.
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Resultados gerais
Em 2018, a São Silvestre teve sua 94ª edição. Na categoria Elite, os vencedores foram a queniana Sandrafelis Tuei, com um tempo de 50m02s, e Belay Bezabh, da Etiópia, com 45m03s.
Os cinco primeiros colocados, tanto na disputa feminina quanto na masculina, foram atletas de países africanos, com exceção de Dawitt Adamsu, do Bahrein, que ficou com a segunda colocação entre os homens.
Os brasileiros que conseguiram a melhor posição foram Giovani dos Santos e Jenifer Nascimento Silva, ambos na oitava posição.