Aumento das pichações chama a atenção em Brusque e gera debate entre vereadores
Fotos feitas por leitores mostram que as pichações são feitas em vários bairros
Fotos feitas por leitores mostram que as pichações são feitas em vários bairros
Os vereadores de Brusque discutiram, na sessão da Câmara de terça-feira, 6, casos de pichação na cidade. A demanda foi trazida pelo vereador André Rezini (Republicanos).
O comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar (18° BPM) de Brusque, tenente-coronel Heintje Heerdt, afirma que a Polícia Militar tem dificuldades para deter os pichadores em flagrante.
“É um delito que, assim como o furto, o criminoso aproveita os momentos em que não há pessoas por perto para fazer o vandalismo. A atuação da polícia, neste caso, fica mais limitada”, afirma o comandante.
Durante a sessão, André mostrou fotos que recebeu de moradores da rua Francisco Sassi, no bairro Jardim Maluche, em que aparecem pichações em praças e em outras construções na região.
“Não podemos culpar o Instituto Brusquense de Planejamento e a Polícia Militar, pois os pichadores vêm na calada da noite, fazem escondido e não dá para pegá-los. Fazem o poder público gastar dobrado para pintar e reformar”, pontuou.
O vereador Jean Dalmolin (Republicanos) também participou do debate e mencionou o estado do banheiro da praça Sesquicentenário, no Centro de Brusque. “Por dentro está tudo pichado, tudo mesmo, está terrível”, disse.
Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos), comentou que é fã e incentivador do grafite, mas criticou as pichações e disse não compreender a prática. “Não é arte e nem expressão, é apenas uma falta de educação”, opinou o vereador.
Heintje afirma que não se recorda de registros recentes de pichações em Brusque denunciados à Polícia Militar. No entanto, o comandante faz recomendações para que a prática seja evitada.
Uma delas, conforme Heintje, é a instalação de câmeras nas propriedades, caso o dono tenha condições de colocar as câmeras. Assim, fica registrado quem foi o autor do delito.
Ele comenta que há casos de os pichadores buscarem lugares altos, como uma forma de demonstrar certa “audácia”, segundo o comandante. Heintje comenta que é necessário analisar a possibilidade de restringir o acesso dos pichadores a esses locais.
“Às vezes, a marquise da construção está muito próxima de uma mureta que pode servir como apoio para o criminoso subir. Então, caso a pessoa tenha um mecanismo que impeça o acesso dele, pode ajudar [a impedir a prática]”, recomenda.
Moradores de Brusque registraram pichações em diversos lugares da cidade, como na praça da rua Francisco Sassi, na praça do Maluche, em placas e totens de sinalização de trânsito, em pontos de ônibus, em postes, muros e outros lugares. Veja as fotos:
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