Dubai, Mônaco ou Miami… não faltam comparações internacionais à Balneário Camboriú, enquanto falta reconhecer a própria identidade da cidade. Mania que algumas pessoas tem em fazer relações brasileiras conotando que é o que vem de fora é melhor. É assim com chocolate, bebida, perfume… e também estruturação urbana. Balneário Camboriú, é Balneário Camboriú. Não é Dubai, nem Mônaco, tampouco Miami brasileira. Francamente, feliz de nós se tivéssemos Mônaco aqui do lado.
Nem terra de ninguém. É uma cidade idônea, que lida com a especulação imobiliária contrapondo à terras banhadas pelo mar cristalino, que desde quando era apenas Camboriú, recebia turistas do Vale, e muito bem aportada em dias de verão por catarinenses de todos os lugares. Mais tarde apresentada à Argentinos, Camboriú passa a ser Balneário e ganha o mundo, principalmente os latinos, e sempre foi terra de todos.
Na Univali tenho diversos amigos que são recebidos na cidade, vindos de cidades e estados diferentes. Tem até amazonense no grupo. E não são só as praias que procuram, mas formação e oportunidades aqui. Enquanto alguns retornam a suas terras natais depois da formação, outros se sentem tão em casa, que adotam Balneário Camboriú para ser seu endereço.
Nem a noite agitada, para uma cidade que dorme pouco, e tem prédios luxuosos. Glamourizaram a praia, e fizeram o roots se tornar luxo. Mas Balneário Camboriú é assim, desde as áreas mais agrestes até o Centro, com o m² mais caro do Brasil. E não é mais caro por acaso. Só o governo que vende tanto a imagem do turismo brasileiro, resumindo tudo a Copacapana, enquanto na verdade, o Brasil é extenso demais pra ser pautado só por um destino. E dentre tantas, há uma Balneário Camboriú, incomparável e catarinense. Com uma qualidade de vida singular, a sombra na praia é só um detalhe, perto do quão bom é estar ali.