Banda municipal Big Band Brusque estreará em outubro
Ensaios começam neste mês; conheça o projeto
Ensaios começam neste mês; conheça o projeto
As primeiras apresentações da nova banda municipal Big Band Brusque já têm data marcada. A pré-estreia está agendada para o dia 14 de outubro, às 19h30, na Fundação Cultural de Brusque. E a estreia oficial ocorrerá durante a Festa Nacional do Marreco (Fenarreco), às 20h de 18 de outubro.
Porém, antes disso, os 14 novos músicos, que passaram no processo seletivo, vão participar de ensaios no mês de setembro. O primeiro será na próxima segunda-feira, 9, na Fundação Cultural.
Entre eles está o musicista Thiago André Albuquerque Alves, 22 anos, que veio de Boa Vista, Roraima, em busca de oportunidades em Santa Catarina.
Ele conta que saiu do estado natal em 7 de maio, com destino a Joinville, com objetivo de participar de um concurso, mas infelizmente não passou. Neste tempo, ficou pela cidade, para se manter começou a trabalhar como motorista no aplicativo Uber.
Foi então que apareceu a oportunidade da Big Band em Brusque. Inscreveu-se, tentou e conseguiu. “Quando descobri eu estava dentro do carro e vibrei muito. Fiquei muito feliz, comecei a agradecer a Deus pela conquista e às pessoas que sempre me apoiaram”, relata.
O regente da Fundação Cultural, Isaque Lacerda, 38, estará à frente da banda. Para ele, é um senso de responsabilidade muito grande, pois o projeto vai envolver um grande número de pessoas, também vai afetar diretamente a vida dos integrantes e dos familiares de cada um.
“Se pararmos para imaginar que grande parte dos componentes estarão conosco semanalmente vindo de outras cidades, se planejando, viajando por essas estradas perigosas em seus carros, deixando seus afazeres, seus familiares, por uma oportunidade, primeiramente de trabalho, para integrar um projeto que é sério”, explica.
Segundo Alves, participar da Big Band traz uma perspectiva nova para a vida dele, também é uma experiência nova para o currículo. Ele conta que até então nunca tinha participado de uma banda deste gênero, apenas de bandas musicais, orquestra e banda marcial.
Para Lacerda, a nova banda proporciona a abertura de mercado de trabalho na área musical, portanto é algo a ser reconhecido, incentivado e prestigiado. Contudo, é preciso ter a mente aberta.
“Assim como em toda área de atuação profissional, também no mercado da música as pessoas de fora da região têm interesse, o que é absolutamente legítimo. Então precisamos entender que um profissional de fora da cidade está também contribuindo com o desenvolvimento, economia e cultura local, aumentando assim a pluralidade de ideias, que é um aspecto positivo das cidades modernas, desenvolvidas e cosmopolitas”, complementa.
Alves se mudou para Brusque e está ansioso para começar as agendas e mostrar o melhor. Agora, a perspectiva do musicista é aprimorar os conhecimentos do instrumento, conhecer a Big Band de Brusque e aprender o que fazer para melhorar cada vez mais.
Em definição, uma big band é formada por três naipes de sopro, que são os saxofones, trompetes e trombones, além da chamada cozinha, normalmente composta por piano ou teclado, guitarra, baixo e bateria.
No repertório, é comum encontrar big bands que toquem músicas associadas ao jazz, mas não há essa limitação.
Em Brusque, a primeira Banda Musical foi formada em 1874, sob a direção de Augusto Maluche.
Na época, o grupo foi contratado para tocar na festa de Páscoa da Sociedade de Atiradores. Hoje, 145 anos depois, a cidade passa a ter uma banda municipal com a Big Band.
De acordo com o coordenador da Fundação Cultural de Brusque, Igor Balbinot, a ideia surgiu no início deste ano, com a entrada dos novos aprovados do concurso público, inclusive Bezerra.
“A princípio era uma orquestra de corda, e no decorrer dos estudos mudamos a ideia para a Big Band”, conta.
Fatores como tentar resgatar os instrumentos de sopro, que remete a época da colonização da cidade, e a Jazz Band America, que surgiu no final da década de 1920.
Com agenda em construção até o fim do ano, o objetivo, segundo Balbinot, é dar continuidade ao projeto em 2020.
A nova banda vai representar o município em festividades e apresentações. Contudo, oficinas gratuitas voltadas para a comunidade brusquense também foram planejadas. Alves acredita que a iniciativa é de extrema importância, por ensinar música para crianças e adolescentes.
“A música é um passo muito grande da questão social, torna as pessoas melhores. De onde eu vim, o ensino da música tirou muita de gente de lugares errados, do crime, das drogas, já tive muitos amigos nesse meio e aí projetos de música conseguiu reverter”, explica.
Na segunda-feira, 9, das 14h às 17h30, ocorrerá as matrículas das oficinas gratuitas para a temporada 2019, diretamente com os oficineiros na Fundação Cultural.
Elas vão acontecer de 16 de setembro até 16 de dezembro, nas segundas-feiras à tarde, e envolvem os instrumentos flauta doce, clarinete, saxofone, trompete, trombone e bateria.
Para as matrículas, menores de 18 anos devem vir acompanhados de um dos pais ou um responsável legal, com cópia dos documentos pessoais (RG e CPF) e comprovante de residência.
Confira os instrumentos disponíveis e seus respectivos horários:
Saxofone, flauta doce e carinete
Trompete
Trombone
Bateria
Para mais informações, entre em contato com a Fundação Cultural de Brusque, pelo (47) 3351-6108.
Confira abaixo os nomes dos selecionados para da primeira Big Band de Brusque, com respectivos instrumentos:
Sax alto:
1º – Alessandro Almeri Lucindo
2º – Edoardo do Carmo Amorim
Suplente – Eduardo Roberto de Oliveira Jorge Melem
Sax tenor:
1º – Randerson Alex Gama Luz
2º – Luiz Felipe Soares Gomes
Suplente – Gabriela Schwartz Jaques
Sax barítono:
1º – Braion Johnny Zabel
Trompete:
1º – Bruno Passos Gonçalves
2º – Carlos Roberto Eggert Junior
3º – Henrique Weeg
4º – Thiago André Albuquerque Alves
Suplente – Jonatan de Souza Nunes
Trombone:
1º – Hemerson Calandrini Tristão Coelho
2º – Maicon Marcos dos Santos
3º – Alberto Schroeder
4º – Evandro Hasse
Bateria:
1º – Daniel Lorentino
Suplente – Ademar Luiz Denker Junior