Bandeira lilás indica presença de águas-vivas nas praias de Santa Catarina
Com o desenho do animal, essa sinalização faz parte do padrão da Federação Internacional de Salvamento
Com o desenho do animal, essa sinalização faz parte do padrão da Federação Internacional de Salvamento
Uma nova sinalização foi implementada nas praias de SC: a bandeira lilás, que indica a presença de águas-vivas no mar. Com o desenho do animal, essa sinalização faz parte do padrão da Federação Internacional de Salvamento. Sua criação é baseada na incidência de águas-vivas em diversos pontos do Litoral de Santa Catarina.
“Se as pessoas perceberem a bandeira lilás hasteada, o aconselhável é não entrar na água”, diz o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Onir Mocellin. O maior perigo é o veneno das chamadas Caravelas, a espécie mais perigosa, segundo o comandante. No caso de contato com o animal, não se deve fazer pressão ou jogar água doce no local.
“Quando seus tentáculos atingem a pessoa, eles injetam pequenos ferrões que disparam veneno, mas alguns gatilhos não são disparados. Se fizer pressão em cima ou jogar água doce, que dispara os gatilhos pela osmose, o efeito do veneno é potencializado”, explica. A recomendação do comandante, nesse caso, é ir imediatamente até um posto de saúde para fazer raspagem e tomar medicamentos para neutralizar a dor.
Além das caravelas, também existem as espécies menos perigosas, que são as águas-vivas brancas e gelatinosas, as mais comuns da praia, e as medusas. Suas queimaduras causam bolhas, mas o veneno é menos intenso.
Os primeiros socorros podem ser feitos passando vinagre no ferimento, segundo Mocellin. “O vinagre bloqueia os ferrões, auxiliando para que alivie a dor e não haja mais injeção de veneno. Os postos de guarda-vidas geralmente têm vinagre para o primeiro tratamento”, disse.
A incidência de água-viva nas praias de Santa Catarina depende do vento, da maré e da temperatura do mar. “Com a água quente, elas se reproduzem mais. Quando o vento sopra em direção à praia, onde tem uma concentração maior de águas-vivas, elas migram para lá”, diz Mocellin.