Batata tem variação de 55,41% e puxa aumento da cesta básica em janeiro
Em janeiro, a cesta básica de Brusque passou de R$ 323 para R$ 332, um aumento de 2,71%
Em janeiro, a cesta básica de Brusque passou de R$ 323 para R$ 332, um aumento de 2,71%
Com um aumento de 2,71% de dezembro de 2014 para janeiro de 2015, a cesta básica comercializada em Brusque fechou o mês como a nona mais cara entre as 19 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A cesta brusquense passou de R$ 323,31 para R$ 332,06, um aumento de R$ 9.
Em Brusque, o alimento que apresentou a maior alta foi a batata, com uma variação de 55,41% de um mês para o outro. Em seguida aparece o tomate com um aumento de 14,17% de dezembro para janeiro. A banana também ficou mais cara, porém, a variação foi menor: 5,61%.
O presidente das Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa), Geraldo Pauli, responsável pelo abastecimento de hortifrutigranjeiros na região, afirma que o preço da batata e do tomate varia conforme a oferta e a procura. “O preço varia muito, e a alta se deve pela grande procura desses alimentos devido ao número de turistas, principalmente no litoral catarinense, por isso essa oscilação no preço”, explica.
Segundo ele, o preço da batata varia entre R$ 80 e R$ 100 a saca. Como o produto vem para Santa Catarina de outras regiões do país, o recente aumento dos combustíveis também deve impactar no preço do vegetal nos próximos meses. “Esse reajuste não vai impactar apenas na batata, mas em outros produtos. A tendência vai ser repassar esse custo nos hortifrutis, principalmente nos produtos que vem do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, que com certeza terão um aumento no custo final”, diz Pauli.
Já o tomate, que há alguns meses é um dos vilões da cesta básica, deve se estabilizar após o carnaval. “Esperamos que ele volte aos patamares normais após o carnaval. Tudo vai depender do clima e da safra do tomate. Já a batata se manterá estável”, destaca.
Redução
Já os alimentos que tiveram uma redução no preço em janeiro foram o pão (-6,36%), o óleo (-2,83%) e a carne, que teve uma pequena queda em comparação com o mês anterior: -0,52%.
Com isso, a cesta básica de janeiro correspondeu a 45,80% do salário mínimo líquido em vigor. Segundo o Dieese, o brusquense precisa trabalhar 92 horas para conseguir adquirir a cesta básica. O salário ideal, segundo o órgão, seria de R$ 3.118,62.
Brasil
O maior custo da cesta, em janeiro, foi apurado em São Paulo (R$ 371,22), seguido de Porto Alegre (R$ 361,11) e Florianópolis (R$ 360,64). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 264,84), Natal (R$ 277,56) e João Pessoa (R$ 278,73).
>> Veja o infográfico na edição impressa do jornal Município Dia a Dia desta quarta-feira, 11 de fevereiro