Berger quer ser senador “municipalista”
Candidato do PMDB afirma que é preciso debater reforma tributária para evitar "a falência" dos municípios
Candidato do PMDB afirma que é preciso debater reforma tributária para evitar "a falência" dos municípios
O candidato ao senado na coligação de Raimundo Colombo, Dário Berger (PMDB), ex-prefeito de Florianópolis, também esteve em Brusque ontem. Ele afirma que não esperava ter a oportunidade de concorrer ao senado, fato que foi articulado na fase final das articulações políticas. “Entretanto, ela surgiu, e estou preparado”.
Berger se apresenta como “o candidato da harmonia e da união”. Ele diz que o processo de definição dos nomes para a eleição majoritária foi marcado por tensão entre os partidos, especialmente PMDB e PP. “Eu defendia a tese de que era impossível colocar o Esperidião Amin e o Luiz Henrique no mesmo palanque”.
O tempo foi passando, e quanto mais se aproximava da hora da decisão, segundo Berger, mais conscientes os peemedebistas ficavam de que a aliança com o PP era impossível. “Fizemos uma chapa que não precisa dar explicação para ninguém. Além de unir o PMDB, isso trouxe um entusiasmo muito grande ao senador Luiz Henrique, que entrou de cabeça na campanha”.
Ele admite que a função de senador é diferente de todos os cargos que já assumiu até o momento. “O senador discute temas nacionais e defende os interesses de Santa Catarina junto ao governo federal. Eu quero ser um senador, como fui um prefeito, um cara que deu certo. Se não tivesse dado certo, não teria sido reeleito. Eu quero ser o que já fui, com uma nova função”, discursa.
Pauta municipalista
Berger afirma que, se eleito, será um senador municipalista, “porque se as cidades não se desenvolvem, o estado não se desenvolve”. Ele cita como um dos temas a serem levantados na campanha o repasse de recursos federais e estaduais aos municípios, mas admite que uma solução ainda está distante.
“Esse é um tema que todo mundo discute mais não sai do lugar. A reforma tributaria é isso: o povo quer pagar menos imposto; o governo quer ganhar mais. É uma matemática que não fecha. Entretanto, se continuar como está, estamos decretando a falência dos municípios”.
O candidato acredita que esse debate deve ser intensificado no ano que vem, após as eleições, e que a reforma tributária deve dominar a pauta de revoltas sociais. “A revolta do povo, no futuro, vai ser a revolta do imposto, as caminhadas serão contra os impostos. Porque estamos pagando muito imposto e não estamos recebendo a contrapartida com serviços de qualidade”.