Botuveraenses realizam mobilização contra o Aedes aegypti
Ação foi realizada pelos alunos do primeiro ao quinto ano da escola Padre João Stolte
Ação foi realizada pelos alunos do primeiro ao quinto ano da escola Padre João Stolte
Embora Botuverá não apresente focos do Aedes aegypti – transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus -, os alunos do primeiro ao quinto ano da EEB Padre João Stolte estão engajados durante esta semana em ações de combate ao mosquito. Chamada de “Não deixe que essas doenças cheguem a Botuverá”, a mobilização conta com atividades como palestra, teatro e distribuição de panfletos.
A ideia de envolver as crianças nas ações contra o Aedes aegypti partiu do agente de endemias do município, Weliton Pedrini. Contratado há cerca de sete meses, o profissional é responsável por orientar os botuveraenses e por executar atividades de conscientização e prevenção.
“A receptividade das crianças está sendo muito boa. Nós fizemos uma distribuição de coletes para eles com a mensagem ‘sou pequeno mas ajudo no combate ao mosquito’. Assim eles podem sentir como realmente é a função de agente de endemias. Eles estão gostando bastante”, afirma Pedrini.
Na segunda-feira, data da primeira atividade da mobilização, Pedrini palestrou para as turmas participantes, nos turnos da manhã e da tarde, sobre as doenças que o Aedes aegypti transmite e sobre as formas de prevenção.
Na terça-feira, 29, os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática os métodos estudados na palestra. Eles foram até o cemitério municipal do Centro para procurar possíveis criadouros do mosquito.
Segundo a assessora da direção da escola e também coordenadora da mobilização, Aline Heil Colombi, na atividade do cemitério, as crianças encontraram vários recipientes com água parada que apresentavam condições para a proliferação do Aedes aegypti.
“Durante o trabalho, as crianças encontraram água parada e já limparam e deixaram os locais em ordem para que não acumule água novamente”, diz. “A questão principal dessa semana de mobilização é os alunos levarem as informações para casa para repassarem aos pais. Assim, eles conscientizam mais pessoas ao redor. Queremos conseguir disseminar as informações para além dos muros da escola”, completa Aline.
A terceira atividade que integra a mobilização da Padre João Stolte ocorre hoje durante os turnos da manhã e da tarde. As turmas se revezarão para realizar um “pedágio informativo” com a distribuição de panfletos sobre a dengue e sobre a chikungunya. (Confira no destaque todas as atividades que fazem parte da mobilização)
Nenhum foco, mas muita água parada
Diferente de Brusque, Botuverá não registra focos do Aedes aegypti. Ainda assim, o município participou do “dia D” de combate ao mosquito realizado em fevereiro. Na atividade, de acordo com a coordenadora da vigilância epidemiológica, Tamires Silva, foram visitadas 209 residências e lojas de quatro bairros. Nelas, foram encontrados 546 recipientes com água parada e foram coletadas 26 larvas de mosquito. Todas elas, no entanto, deram negativo para o Aedes aegypti na análise laboratorial.
“O número de recipientes [546] é alto para o município. Percebemos que em todas as casas que visitamos, o pessoal sabe que não pode deixar água parada, mas acaba passando despercebido”, diz. “E nesse dia levantamos essa problemática. Depois fizemos uma reunião para apresentar um plano de ação intersetorial. Chamamos os gestores das outras secretarias, mostramos fotos e solicitamos auxílio no combate”, completa.
Programação da semana de atividades da EEB Padre João Stolte