Brasileiro virou segunda opção
O calendário “encavalado” do futebol brasileiro faz com que os times, pelo menos os principais, sejam literalmente moídos pela maratona de jogos importantes em um curto espaço de tempo. A parada para a Copa do Mundo fez com que as partidas do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores fossem disputadas praticamente juntas.
O que aconteceu é reflexo do planejamento: muito jogador não aguenta o ritmo e precisa ser poupado. E num calendário onde uma competição dá R$ 50 milhões ao campeão, e outra é a principal do continente, sobra pra quem? O Campeonato Brasileiro.
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Aquele que, teoricamente, é o principal campeonato do país, fica relegado a segundo plano para aqueles que ainda estão nas Copas. A saída do Grêmio da Copa do Brasil pode ser determinante para uma arrancada do bom time de Renato Gaúcho no Brasileiro, que foi jogado para escanteio no ano passado. Se o time acabar eliminado pelo Estudiantes na volta da Libertadores então (perdeu a ida por 1 a 0), só vai sobrar isso. Só que já há um prejuízo, ainda que pequeno e recuperável: a distância para o líder São Paulo é de apenas cinco pontos.
Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro não tem a mesma facilidade. Estão bem atrás na Série A e apostam todas as fichas nas Copas. Se não tiverem sucesso, tem a tendência de cumprir tabela até o final do ano ou na melhor das hipóteses lutar por uma Libertadores no ano que vem.
O problema maior é do Flamengo, que está nas três competições e literalmente está tirando sangue do elenco. Os fisiologistas trabalham exaustivamente para evitar que os principais jogadores “estourem” e o time acabe de mãos vazias no fim do ano. A provável eliminação da Libertadores ainda poderá trazer algum sossego, com algumas datas vagas no calendário.
Para resumir, pra ser time bom no Brasil, é necessário ter um elenco com uns 15 ou 16 titulares. Com quase metade do ano comprometida com campeonatos estaduais, não é fácil encarar a corrida dos jogos em agosto e setembro.
Decisão
O Carlos Renaux faz amanhã a grande final do Estadual de juniores da Série C contra o Orleans, no sul do Estado. Precisará vencer o jogo para conquistar o título, depois de entregar a paçoca em casa no jogo de ida. Para mim, o resultado é o menos importante, até porque o objetivo é moldar o time para o campeonato profissional, que começa logo. Mas o técnico Taíco precisa dar puxões de orelha no seu time. No primeiro gol do Orleans, tudo começou com um erro de passe no meio de campo, que terminou em contra-ataque. Em seguida, um jogador tricolor simplesmente para de acompanhar o atacante adversário e, pra completar, o goleiro estava adiantado. Já o segundo gol aconteceu em outro contra-ataque, no último lance de jogo, numa falha total de cobertura. Precisa resolver isso.
Turra
O Brusque divulgou, na noite de ontem, um artigo sobre Paulo Turra, ex-técnico do clube em 2011 e que hoje é auxiliar técnico de Luiz Felipe Scolari no Palmeiras. No texto, Turra faz rasgados elogios à diretoria. Mas não foi isso que ele pensou quando acabou demitido, no fim do primeiro turno do Estadual. Na época, detonou as condições de trabalho dadas pelo clube, reclamando até do ônibus que tinha sido colocado para um jogo em Chapecó. Teve um fraco retrospecto no Brusque e anos depois esteve no Avaí, onde conseguiu a façanha de ser demitido após três derrotas em três jogos, fazendo com que o time de Florianópolis viesse atrás de Pingo, que treinava o Bruscão em 2014.
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Segundona
Se nenhuma tragédia acontecer, o Marcílio Dias e o Metropolitano devem aparecer de novo na primeira divisão do Catarinense no ano que vem. Ambos conquistaram boas vantagens nos jogos de ida, contra Fluminense de Joinville e Camboriú. Certeza de que a velha rivalidade regional voltará, com jogos bem animados. Esse tipo de jogo é muito necessário para dar um gás no torcedor.
Documentário
A produção do documentário “Brusque 92” divulgou nesta semana o trailer da produção, que estreará nos cinemas em outubro. Um trabalho muito bom de resgate foi realizado, com ex-jogadores, torcedores e colegas da imprensa que trabalhavam naquela época. Serviu pra aumentar a expectativa para o lançamento.