Briga de bar no Poço Fundo termina em denúncia criminal por tentativa de homicídio
Cláudio e Tiago Schuermann foram indiciados pelo Ministério Público na semana passada
Cláudio e Tiago Schuermann foram indiciados pelo Ministério Público na semana passada
A Vara Criminal de Brusque aceitou na semana passada denúncia contra os irmãos Tiago Ademir Schuermann e Cláudio Ari Schuermann, por tentativa de homicídio. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público, e os acusados têm dez dias para apresentar resposta à acusação.
No dia 13 de maio deste ano, dois homens e uma mulher foram esfaqueados pelos dois irmãos em bar do bairro Poço Fundo.
Lourival Modesto dos Santos foi gravemente ferido no tórax, e chegou a ficar dias na UTI do Hospital Azambuja. Já Vanderléia Aparecida dos Santos, 33, e Evandro Enoésio da Silva, 33, foram atingidos no abdômen.
A Polícia Militar encontrou os dois acusados pelo crime na rua PF-008, a cerca de 500 metros do bar.
De acordo com as testemunhas, os irmãos chegaram no estabelecimento e chamaram Lourival para fora do local. Eles já haviam discutido anteriormente, quando assistiam jogo de futebol em outro local.
Ele foi atingido pelo golpe de faca ao se aproximar. A sua esposa, Vanderléia, para protegê-lo, quebrou uma garrafa na cabeça de um dos acusados e também foi ferida. A terceira vítima, Evandro, é um amigo do casal, que tentou ajudá-los.
Atualmente, ambos os acusados estão recolhidos na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Brusque. Nesta quinta-feira, 24, foi negado um pedido de habeas corpus feito ao Tribunal de Justiça pela defesa dos acusados.
Na decisão, o tribunal entendeu que não há ilegalidade na decisão da Justiça de Brusque que converteu a prisão em flagrante em preventiva.
A prisão preventiva foi decretada pelo juiz substituto Heriberto Max Dittrich Schmitt porque, segundo ele, “é possível verificar sua periculosidade a partir do contexto da ação delituoso, uma vez que não hesitaram em atentar contra a vida alheia em razão de suposta briga anterior, fato que motivou a tomada de satisfações e evoluiu para agressão com arma branca não apenas contra o desafeto, mas contra outros que, a princípio, não tinham nenhuma razão para serem atacados”.
Na denúncia apresentada à Justiça, o promotor Cristiano José Gomes pede que eles sejam levados a júri popular por tentativa de homicídio qualificado.
Ressalta, neste caso, que a vítima (Lourival) estava desarmada, não possuindo meios para se defender dos ataques, “o que a deixou vulnerável à ira dos denunciados”.