Bruscão e o dilema: bom gramado ou torcida em peso?
Diretores e conselheiros do Brusque realizaram nesta segunda-feira, 17, um diálogo entre si e também com representantes da Prefeitura de São João Batista para saber a viabilidade de mandar os próximos jogos do clube na Copa Santa Catarina no Estádio Municipal Valério Gomes.
Conversas sobre esta mudança já existiam há semanas, mas Célio Francisco de Camargo, presidente do conselho, era voz única. Agora, principalmente depois de ver de perto a situação do gramado do Augusto Bauer, a executiva do clube também aprovou esta alternativa.
Surgiu, portanto, um dilema. De um lado está um estádio com gramado em melhores condições e que pode colaborar para uma melhora no desempenho dentro de campo, mas que fica em outra cidade e deve gerar redução no público. Do outro está o castigado Gigantinho, que recebe competições e treinos de duas equipes profissionais, além das escolinhas e equipes de base do Carlos Renaux, porém que recebe sempre um público fiel.
A decisão foi tomada de maneira rápida, e se é a melhor, o tempo e os resultados dirão. A Federação Catarinense de Futebol (FCF) exige um mínimo de cinco dias de antecedência para alteração de estádio. Além disso, o Brusque precisa apresentar laudos de engenharia, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e vigilância sanitária. Ao que tudo indica, as próximas rodadas já serão na terra do calçado.
Bom desempenho
Saindo do assunto estádio, o Brusque teve bom desempenho na estreia contra o Barroso. Enfrentou um adversário aparentemente frágil e com postura defensiva, mas respondeu a isso da melhor forma: colocando bola na rede. O destaque foi Hélio Paraíba, que marcou um gol, deu três assistências e, por uma dessas injustiças do futebol, errou por centímetros o que seria um golaço de bicicleta.
Recuperação do Vovô
O Carlos Renaux está praticamente recomeçando seu planejamento após a condenação por escalação irregular, e deu um passo importante na boa vitória diante do Jaraguá no fim de semana. A classificação é totalmente viável. O técnico Taico foi corajoso ao mudar boa parte do elenco, após não ter gostado nada da apresentação em Caçador. Futebol é assim: aprende-se com os erros para poder corrigir e ir em busca das glórias.
Decepções nos Jasc (1)
Os números de Brusque nesta edição dos Jasc só atestam o que já se imaginava. Um desempenho fraco, como há anos não se via. Poucas modalidades pontuaram, ou seja, conseguiram ficar até a sexta posição. Destas, todas fizeram pontuação baixa. Nenhum troféu de ouro ou mesmo de prata veio para a cidade. Os maiores investimentos, como basquete e ciclismo, alcançaram no máximo o bronze.
Decepções nos Jasc (2)
Principal culpada disso foi a demora na resolução da contratação dos técnicos. Os comandantes das modalidades ficaram praticamente o ano todo sem poder trabalhar até que a situação do bolsa-técnico fosse resolvida. Agora Brusque acumula mais um evento da Fesporte com desempenho ruim, após campanha abaixo da expectativa nos Joguinhos Abertos. Vai mal a base, vai mal o rendimento. O futuro do esporte na cidade é nebuloso…
O adeus a Pipoca
Na última semana, Brusque perdeu mais um pilar de sua história esportiva. Orlando Müller, o Pipoca, um dos comendadores do esporte e envolvido com os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) desde as primeiras edições, nos deixou. No registro, de 1965, ele, à esquerda de Rubens Fachini, coordena a construção de um do Ginásio de Esportes do Bandeirante, que serviria para realizar a competição já naquele ano.