Brusque aceita proposta para jogar contra o Santos em Joinville
Indefinição sobre o retorno ao Augusto Bauer foi determinante para a decisão da diretoria
Indefinição sobre o retorno ao Augusto Bauer foi determinante para a decisão da diretoria
O Brusque aceitou R$ 800 mil (R$ 720 mil líquidos) para transferir seu jogo contra o Santos, pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, para a Arena Joinville. A informação foi confirmada oficialmente na coletiva de imprensa da diretoria realizada na manhã desta sexta-feira, 16. A data da partida ainda será definida pela CBF, assim como as demais da respectiva rodada.
“Diante das incertezas deste estádio estar em plenas condições para fazer um jogo com o tamanho de Brusque x Santos, resolvemos vender o mando de jogo do campo. (…) Fizemos algumas exigências. Tiramos a cláusula de confidencialidade, porque queremos falar a verdade, das coisas como são”, relata o presidente Danilo Rezini.
O jogo ser realizado em Santa Catarina foi uma das exigências do Brusque. A proposta aceita inclui, além dos R$ 720 mil líquidos, todas as despesas referentes ao jogo, como alimentação e transporte.
Em 7 de agosto, Rezini já havia anunciado que o clube estava recusando uma proposta que poderia chegar até R$ 900 mil para levar o mesmo jogo a Londrina (PR). Na ocasião, o dirigente afirmou que era necessário honrar a torcida e recusar a proposta, que considerava vantajosa.
O que mudou desde então foi o aumento da incerteza em relação ao Augusto Bauer. Após diversas estimativas falhadas, a data de retorno do Brusque para um jogo oficial no estádio é uma incógnita total. Faltam principalmente a finalização das arquibancadas metálicas e as vistorias necessárias, entre outros detalhas, como a ausência de bilheterias e catracas. “Não sabemos mais quando poderemos jogar no Augusto Bauer.”
“Se avaliar pela nossa estrutura, pelo tamanho da nossa cidade, pelo que colocamos de torcedores em campo, estamos no lugar errado. O Brusque não pode estar na Série B. Nós somos metidos, essa é a grande verdade. E as pessoas têm que entender isto”, comenta o presidente do clube.
A diretoria também reclamou da pouca quantidade de torcedores em jogos como mandante, principalmente nos que foram realizados em Itajaí. Os 30 km que separam a parte central de Brusque ao Gigantão das Avenidas foi comparada a distâncias entre casa e estádio dentro de uma mesma grande cidade, como São Paulo.
Antes da coletiva, durante a apresentação de receitas e despesas no primeiro semestre de 2024, o diretor-financeiro Lana lamentou a falta de apoio da cidade e da torcida. O Brusque tem 63 sócios-torcedores no momento.
“Acho que a cidade de Brusque não merece o Brusque Futebol Clube. Acho que fazemos muito e recebemos muito pouco. Talvez se fosse um clube como este em Itajaí, teríamos estádios lotados.”
Bar da Toca, no subsolo de restaurante, foi curioso point em Brusque no século 20: