Brusque joga mal, luta, busca empate e tem pênalti não marcado contra o Boa na Série C
Thiago Alagoano e Maurício Garcez marcaram para o quadricolor
Thiago Alagoano e Maurício Garcez marcaram para o quadricolor
O líder Brusque arrancou um empate, na bacia das almas, em 2 a 2, no Augusto Bauer contra o lanterna Boa Esporte pela 14ª rodada do Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro, na noite desta segunda-feira, 9. Os visitantes abriram 2 a 0, mas o Brusque, longe de jogar bem e com muita luta, buscou a igualdade, sendo prejudicado pela arbitragem nos acréscimos. A equipe volta a campo às 19h deste sábado, 14, contra o Londrina, no estádio do Café.
O Marreco não fez praticamente nada no ataque até que o Boa Esporte abrisse o placar. Os visitantes, se defendendo bem, conseguiam chegar mais perto à outra área, mas sem finalizações de perigo.
Aos 17 minutos, o Boa abre o placar com um gol bizarro. Zé Carlos tenta a ligação direta. O passe sai rasteiro em meio a vários jogadores, e a bola bate no pé de Pedro Acorsi. O camisa 5 não perdoa, e encobriu o goleiro com muita categoria.
A partir de então, o Brusque se lançou ao ataque, com a colaboração do Boa Esporte. A Coruja recuou, chegando a ter nove jogadores próximos à própria área em diversos momentos.
Aos 23, o Brusque teve sua melhor chance do primeiro tempo. Zé Mateus mandou uma bomba de longe, e Renan Rocha se jogou para espalmar como podia. No rebote, Geovane Itinga alcançou e encheu o pé, mas o goleiro se recuperou a tempo de fazer uma defesa espetacular. A bola volta e ainda termina em escanteio para o quadricolor.
Outra grande chance surgiu aos 39. Na direita, Thiago Alagoano encontrou Alex Sandro livre na segunda trave e fez o cruzamento. No entanto, o camisa 7 acabou cabeceando no próprio braço, e a falta para o Boa foi marcada. Ele ainda chutou e estufou as redes, mas o jogo já estava parado.
O Boa ainda teve várias chances de dobrar a vantagem em contra-ataques rápidos. De qualquer forma, acabava pecando no último passe ou encontrava a defesa brusquense se recuperando no último momento. Não chegava a terminar com finalizações.
Continua após o anúncio
Na segunda etapa, o Boa Esporte abdicou da bola, e ficou esperando uma bola para matar a partida. O Brusque, por sua vez, não passava pela defesa adversária. Nas raras vezes que passava, perdia chances incríveis.
Logo no começo, após ótima troca de passes, Aírton lançou Thiago Alagoano, que driblou o marcador e chutou colocado. Renan Rocha fez grande defesa. No rebote, Geovane Itinga escorregou, se recuperou e mandou uma bomba pra fora, na beira da pequena área.
Aos 25, após um dos raros ataques do Boa Esporte, Marlyson recebeu belo cruzamento, subiu tranquilo e colocou no contrapé de Zé Carlos. A fatura já estava praticamente liquidada.
No entanto, o Brusque ganhou sobrevida logo depois. Três minutos depois, após cruzamento de João Carlos, Ianson desviou e Thiago Alagoano mandou para as redes.
A atuação do Brusque foi longe de ser elogiável. Mesmo aguerrido, não esteve bem. Cabeceios não entravam, o goleiro Renan Rocha fez grande defesa. Tudo se encaminhava para uma derrota, até a marca dos 40 do segundo tempo.
“Pra mim, se isso aí não é pênalti, a minha vó é uma bicicleta”, bradou Miguel Livramento na final do Catarinense de 1992, na antiga RCE, em um lance a favor do Avaí contra o Brusque. A frase se aplica 28 anos depois, em Brusque x Boa Esporte, quando Thiago Alagoano, de costas pro gol, foi atropelado por Alex Alves na grande área. Aos 48 do segundo tempo. Alinor Silva da Paixão ignorou, e o jogo seguiu, com muita reclamação de jogadores, comissão técnica e diretoria do Marreco.
Já nos minutos finais, Gustavo Henrique é lançado e manda uma bomba em cima de Renan Rocha, um dos grandes nomes do Boa na partida. Na sequência, a jogada segue para nos pés de Maurício Garcez, que não hesita e marca o gol para deixar a noite menos amarga. Após o apito final, com as reclamações, João Carlos e Zé Mateus foram expulsos.
Campeonato Brasileiro Série C – 14ª rodada
Segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Estádio Augusto Bauer
Brusque: Zé Carlos; Edílson (João Carlos 25′-2ºt), Ianson, Everton Alemão, Aírton (Ronaell 44′-2ºt); Zé Mateus, Emerson Martins (Guilherme Escuro-int); Maurício Garcez, Thiago Alagoano, Alex Sandro (Jefferson Renan 25′-2ºt); Geovane Itinga (Gustavo Henrique 44′-2ºt).
Técnico: Jerson Testoni
Boa Esporte: Renan Rocha; Gabriel, Wesley, Alex Alves, João Paulo; Pedro Acorsi, Kallyl, Dieguinho (Kaio Cristian 21′-2ºt), Fábio; Ítalo (Jefferson-int) e Marlyson (Maicon Souza 33′-2ºt).
Técnico: Ariel Mamede
Trio de arbitragem: Alinor Silva da Paixão (MT), auxiliado por Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Renan Antônio Angelim Rodrigues (MT).
Cartões amarelos: Everton Alemão, Jefferson Renan e Gustavo Chenci (fisio-BRU); João Paulo, Kaio Cristian, Rafael Pascoal (goleiro reserva) e Alex Alves.
Cartões vermelhos: João Carlos e Zé Mateus