Brusque contratou oito jogadores estrangeiros em menos de um ano
Sem tradição em trazer atletas de fora do Brasil, quadricolor se abre a reforços internacionais
Sem tradição em trazer atletas de fora do Brasil, quadricolor se abre a reforços internacionais
A contratação do atacante nigeriano Udeh Clinton, confirmada nesta terça-feira, 10, foi a oitava que o Brusque fez de jogadores estrangeiros em menos de um ano. O quadricolor, que estava há mais de 16 anos sem trazer um jogador de fora do país, passou a buscar opções no mercado internacional a partir de agosto de 2024. Atletas de cinco nacionalidades de três continentes diferentes já integraram o elenco desde então.
Esta tendência na contratação de estrangeiros começou com um trio de uruguaios, formado por Rodrigo Pollero, Matiás Ocampo e Agustín González. O clube teve dificuldades para regularizá-los e suas estreias demoraram a acontecer em meio a um mau momento na Série B.
Destes, apenas Pollero permanece no clube, com 29 jogos, três gols e duas assistências. Foi o primeiro estrangeiro a marcar pelo Brusque, com dois gols na reta final da Série B, mas uma lesão atrapalhou sua sequência. Após a temporada, negociou sua permanência até o fim do contrato, em julho. Contudo, está sem receber salários e passou as últimas semanas afastado.
O atacante Ocampo e o meia González saíram ao final da temporada. Enquanto Ocampo também teve sua passagem abreviada por lesão, o González fez 14 partidas. Hoje, eles defendem o Cerro-URU e o Cienciano-PER, respectivamente.
O estrangeiro com mais partidas é o colombiano Jhan Pool Torres. São 38 jogos e um gol marcado desde que chegou ao Brusque, na mesma janela de transferências em que chegaram os uruguaios. O zagueiro já atuou também como lateral-esquerdo e é titular absoluto no ano, presente em todas as partidas.
Outros tiveram menos espaço. O lateral-direito chileno Simón Contreras chegou ao clube em fevereiro, mas só esteve em campo durante 11 minutos, na vitória por 1 a 0 sobre o Ypiranga, pela Série C. Foi relacionado para outras quatro partidas, sem sair do banco, e desde maio já não integra o elenco.
O atacante equatoriano Neicer Acosta também chegou em fevereiro, mas não chegou a entrar em campo. Esteve no banco em três partidas e também deixou o clube em maio.
Em agosto de 2024, chegou ao Brusque o japonês Shinji Yukawa. O lateral-direito e volante começou nas categorias de base, ajudando o quadricolor a chegar à final da Copa Santa Catarina Sub-21. Foi integrado ao elenco profissional em 2025 e ficou no banco em nove partidas. Hoje defende o Nacional-PR na reta final da segunda divisão estadual.
Dos oito estrangeiros, cinco chegaram sob gestão do Brusque associativo (Pollero, Ocampo, González, Torres e Yukawa), enquanto três (Acosta, Contreras e Clinton) chegaram sob a administração de clube-empresa.
Antes desta nova fase, há registros de um único outro jogador estrangeiro na história do Brusque: o volante sul-coreano Lee Sang-Min. Vivendo no Brasil desde 2001, chegou ao Brusque em março de 2008, após passagens por Iraty-PR e Rio Branco-PR. Aos 22 anos, atuou em algumas partidas do segundo turno do Catarinense. Estreou em 23 de março, na derrota por 3 a 1 diante da Chapecoense, em casa. Era apelidado de “Mini”.
Após o estadual, também jogou na Indonésia, fez um retorno ao Rio Branco-PR e atuou por outros clubes sul-coreanos. Encerrou a carreira aos 31 anos.
Em 2025, o Brusque teve também o primeiro técnico estrangeiro de sua história: o português Filipe Gouveia, que segue no comando da equipe desde o início da temporada, acompanhado do auxiliar Miguel Pinto.
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