Brusque decide não assinar contrato da Liga Forte Futebol para venda de direitos comerciais
Clube é membro-fundador da LFF, mas está aberto a negociações; valores atuais não agradam à diretoria
Clube é membro-fundador da LFF, mas está aberto a negociações; valores atuais não agradam à diretoria
O Brusque Futebol Clube não assinou o contrato com a Liga Forte Futebol (LFF) para a venda de 20% das ações comerciais aos fundos de investimentos Life Capital Partners e Serengeti. Sem acordo firmado de fato, o quadricolor, que é membro-fundador da liga, está aberto a negociações do tipo e busca um valor maior do que o previa receber: R$ 4 milhões pela venda, mais um bônus de R$ 3 milhões pelo acesso à Série B.
Conforme relata o presidente do clube, Danilo Rezini, o prazo final para assinatura de contrato com o fundo investidor se encerrou nesta terça-feira, 31. O dirigente sustenta que o clube ainda não tinha assinado contrato.
Ao longo dos últimos meses, a maioria dos membros acertava a venda de 20% dos direitos comerciais num contrato de 50 anos a partir de 2025. Não era o caso do Brusque. Houve outras exceções, como Atlético-MG e ABC, que se juntaram a Libra, que é outro bloco; o Náutico foi outro clube que não assinou.
“Fizemos uma avaliação na diretoria executiva, com alguns conselheiros. Chegamos a conclusão de que o Brusque, hoje, está na Série B com um valor da Série C. O produto do clube, hoje, é a B. A diretoria, junto com o conselho, não aprovou a participação do Brusque naquelas condições valores para um clube de Série C. Hoje o Brusque está livre para negociar com a própria Liga Forte Futebol ou com a Libra”, explica.
A princípio, o Brusque sacramentaria o acordo e teria, a receber, R$ 2 milhões em 2023, R$ 1 milhão em 2024 e R$ 1 milhão em 2025. A quantia deste ano era citada pela diretoria como uma possibilidade de aliviar a crise financeira vivida pelo quadricolor em 2023.
Contudo, por ter conseguido o acesso à Série B de 2024, o clube teria direito a um bônus, totalizando aproximadamente R$ 7 milhões, com 50% a ser recebido em 2023 e 25% em cada um dos próximos dois anos. Estando na Série B, os valores não agradam à diretoria, e cita os valores destinados a outros clubes que disputam a divisão atualmente.
Um exemplo é o Tombense. A equipe mineira luta contra o rebaixamento e, conforme os valores acordados no meio do ano, tem direito a cerca de R$ 26 milhões, menor valor de um clube da Série B. O Brusque quer elevar sua pedida a, pelo menos, valores próximos deste.
Enquanto não finaliza um acordo do tipo, o quadricolor segue com as mesmas perspectivas financeiras para 2024: pelos direitos de transmissão na Série B, espera receber entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões brutos, e também participará da Copa do Brasil. Há expectativa de firmar novos contratos de patrocínio e reajustar os acordos já existentes.
Danilo Rezini explica que o clube atualmente tem parceiros que possibilitam o pagamento de algumas pendências de 2023. É o caso dos salários em atraso quitados no último dia 11. As remunerações que deveriam ter sido pagas em 15 de outubro deverão ser quitadas até esta quinta-feira, 2.
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