Brusque erra para além da conta no primeiro jogo da final

Num jogo sem muito brilho para ninguém, venceu quem vacilou menos; missão do quadricolor ainda não é impossível

Brusque erra para além da conta no primeiro jogo da final

Num jogo sem muito brilho para ninguém, venceu quem vacilou menos; missão do quadricolor ainda não é impossível

João Vítor Roberge

Apesar da vitória no jogo de ida da final do Catarinense, o Criciúma não teve uma grande atuação. Aconteceu de ter jogado menos mal que o Brusque, e mereceu a vitória por isto.

O quadricolor sofreu gols em duas falhas. A primeira foi básica, geral de marcação, num escanteio contra o sol. Kayzer e Tobias Figueiredo avançam e se antecipam a Ronei na segunda trave. A segunda foi um pênalti em saída atrapalhada de Matheus Nogueira, goleiro sem o qual o Brusque, talvez, já estaria eliminado na primeira fase do Catarinense e da Copa do Brasil. Até ele está sujeito a falhas. É do jogo. E mesmo assim, ainda defende um chute à queima-roupa nos instantes finais.

Nervosismo

Havia algo de estranho no time do Brusque. Eram muitos passes simples errados, uma falta de lucidez, de tranquilidade. Após um campeonato inteiro jogando fora de casa, parecia que o time estava assustado com a presença de tantos torcedores seus em Itajaí.

Meio-campo

Luizinho Lopes chama a responsabilidade, relatando ter tentado a mesma estratégia da vitória sobre o Criciúma em 15 de fevereiro. Faz todo o sentido. Mas naquele jogo no Heriberto Hülse, estava Rodolfo Potiguar, uma ausência muito sentida no Gigantão das Avenidas. O meio-campo tinha Madison e Serrato além do Pitbull. E não Jhemerson (lesionado à época), que tem características muito diferentes deste trio: mais habilidoso, mais leve, mas com menos força física e poder de marcação.

Ou seja, para além do fato de a escalação carvoeira ser diferente na final, não parecia ser possível repetir o Brusque de 15 de fevereiro em 30 de março, como Luizinho pretendia, ao escalar Jhemerson. Talvez a melhor opção para o que se propunha era Dionísio. E acontece em boa parte do primeiro tempo o que treinador conta, com o time sendo mais pressionado do que o esperado. Mas isto vai sendo corrigido aos poucos no jogo.

Ataque

E do meio para a frente, Dentinho e Diego Tavares em uma tarde sem brilho prejudicam grande parte das qualidades ofensivas do Brusque, provenientes das combinações pelos lados. O goleiro Gustavo só recolhia cruzamentos errados e nada mais. O levantamento na área menos inofensivo foi o que terminou no pênalti cometido por Jonathan.

Não é como se fosse óbvio que as coisas fossem acontecer da maneira com que aconteceram. Mas, olhando em retrospecto, com base no que foram jogo e coletiva pós-jogo, estas são as conclusões para o momento.

Tigre

Apesar destes problemas apresentados pelo Brusque, o Criciúma não foi nada de extraordinário. Não sufocou o Brusque, não exigiu demais de Matheus Nogueira, não esteve próximo de mais gols. Quando tentava puxar um contra-ataque, esbarrava em Ianson, que foi o destaque individual positivo no lado brusquense. O problema foi que o Brusque conseguiu ser pior, cometendo falhas que custaram o jogo.

Em Criciúma

No Heriberto Hülse, o quadricolor terá uma missão que ainda não dá para classificar como “impossível”, porque este clube tem um histórico continuado em surpreender e protagonizar reviravoltas.

Mas precisará ser impecável. Não se deixar levar por quase 17 mil carvoeiros alucinados, manter a concentração até o final, ter a defesa funcionando no seu melhor nível e Matheus Nogueira com as habilidades milagreiras afiadas. Junto a tudo isto, o ataque precisará de gols, no plural, algo incomum no ano.

E se o Brusque for campeão, será uma das mais incríveis conquistas. Jogar sem casa, começar o campeonato de forma pífia, se recuperar, avançar, e reverter um placar sobre o favoritaço ao título, em Criciúma.


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Bombeira sofre fratura no pé, enquanto salva mulher que se afogava no rio Itajaí-Mirim, em Brusque:


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