Brusque corre para ter Augusto Bauer apto para a Série B

Iluminação é a principal questão que poderia frustrar planos do quadricolor; aluguel em Florianópolis ou Joinville são último recurso

Brusque corre para ter Augusto Bauer apto para a Série B

Iluminação é a principal questão que poderia frustrar planos do quadricolor; aluguel em Florianópolis ou Joinville são último recurso

O Brusque corre contra o tempo para tornar o estádio Augusto Bauer apto para receber partidas da Série B do Campeonato Brasileiro, precisando realizar melhorias e ampliações em iluminação, instalações para a imprensa e vestiários. Está decidido que a prioridade é se manter no Augusto Bauer, mas ainda há riscos de os planos não saírem como o esperado. O presidente Danilo Rezini tem buscado orçamentos com empresas que possam realizar os serviços de iluminação, mas adiante que trata-se de uma questão complexa.

O clube passou a manifestar de forma mais clara a intenção de jogar a Série B do Campeonato Brasileiro no estádio Augusto Bauer. Há algumas semanas e meses, membros da diretoria tratavam o assunto com cautela. Considera-se a atual falta de estrutura do estádio para abrigar partidas da Série B mesmo sem público, mas também os custos dentro e fora de campo que alugar um estádio em Florianópolis ou Joinville. O campeonato tem 38 rodadas, e portanto o aluguel poderia ser para até 19 jogos como mandante.

“Claro que se houver esta necessidade, o Brusque obviamente vai procurar [o aluguel de um estádio fora da cidade]. Em Florianópolis, no Orlando Scarpelli ou na Ressacada; ou em Joinville. É claro que haveria um custo operacional, e é claro que o clube terá que arcar com as despesas”, afirma Rezini.

O Brusque terá que aumentar o nível de iluminação do estádio, passando do atual (cerca de 180 lux) para 400 lux (lx). “A probabilidade de ficar bom e de nós jogarmos [no Augusto Bauer] é grande. Então agora mandamos fazer um orçamento do custo operacional da mudança do nível de iluminação para 400 lux e a empresa vai nos entregar um orçamento nesta segunda feira [12].”

Rezini explica que, dependendo dos preços, o clube entrará em contato com a Prefeitura de Brusque e também cogita iniciar conversas com a patrocinadora-master, Havan, e o Carlos Renaux, proprietário do estádio, para poder realizar todas as adaptações. “Talvez façamos uma parceria como fizemos na reconstrução do gramado [entre 2019 e 2020]. Então tudo está na fase de especulações. Estou trabalhando nisto há mais de 15 dias para que na segunda-feira tenhamos um orçamento.”

No pior dos cenários os planos do Brusque podem terminar já na fase de levantar orçamentos. Caso a melhoria na iluminação acarrete em um valor que o clube considere como fora de sua realidade financeira, há a possibilidade de o projeto sequer seguir adiante. Assim, começaria a ser executado o que hoje seria o plano B: alugar o Orlando Scarpelli, a Ressacada ou a Arena Joinville.

“A ideia inicial é buscarmos todas as maneiras, todos os contatos, todos os diálogos, todas as possibilidades para concluir esta iluminação mínima necessária para mandarmos os jogos no Augusto Bauer.”

Apesar do esforço, o presidente do Brusque adianta que a iluminação não é uma questão fácil de resolver. “Estamos há 15, 20 dias, trabalhando nesta questão da iluminação. Já tive contato com três empresas desta área, e até agora não teve uma que se prontificou a fazer efetivamente o orçamento e depois de aprovado, fazer os trabalhos. Eles acham que temos muito pouco tempo, e é um trabalho muito demorado, muito complexo.”

“Ali tem todo um equipamento muito antigo. Tem que fazer toda uma revisão, uma melhoria. Não é simples não, é bem complicado, mas de qualquer maneira vamos até a última instância, para que possamos resolver esta questão. Eu estou me empenhando ao máximo. Vamos ver o resultado nas próximas semanas”, completa.

Outras adaptações

A iluminação é a parte que mais tem preocupado a diretoria do Brusque, mas também são necessárias outras melhorias no Augusto Bauer. Os vestiários precisam passar por melhorias, por exemplo, em itens como forro e ar condicionado, além de precisar também de um armário para cada jogador.

“Além das cabines de rádio e televisão, que teríamos que aumentar em mais 10 ou 12. Tudo isto está sendo estudado, estamos buscando orçamento para ver se na próxima semana já poderemos tomar algum tipo de posição: se vamos efetivamente fazer ou não. Se conseguirmos um apoio, evidentemente vamos procurar fazer. Se não tivermos um apoio, deixamos tudo como está e vamos mandar os jogos fora de Brusque”, explica o dirigente.

Como a Série B deverá ser realizada completamente sem público nos estádios, a CBF não considerou a restrição de capacidade do estádio. Em modo normal, jogos da Série B só podem ser realizados em estádios com capacidade para 10 mil pessoas.

A força do Gigantinho

O Brusque realizou 103 jogos no Augusto Bauer desde 2016, quando voltou à elite do futebol catarinense. São 61 vitórias, 26 empates e 16 derrotas, com 67,64% de aproveitamento no Gigantinho.


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