Brusque quer parceria com Carlos Renaux para ampliar estádio Augusto Bauer
Quadricolor ainda não entrou em contato oficial com os donos do estádio, mas reunião pode ser nesta semana
Quadricolor ainda não entrou em contato oficial com os donos do estádio, mas reunião pode ser nesta semana
A partida entre Brusque e Corinthians escancarou a necessidade que o município tem de contar com um estádio de maior capacidade. A rapidez com que os ingressos foram vendidos deixou de fora muitas pessoas que acompanham todos os jogos do Bruscão. Além disso, o time deixou de lucrar muito dinheiro se jogasse em um espaço maior.
As opções de estádio municipal ou estádio próprio, pelo menos a curto ou médio prazo, estão fora de cogitação. Com pouca renda e problemas financeiros, o clube não teria forças para uma aquisição onerosa como essa. Com orçamento baixo, a Prefeitura de Brusque também não terá como contribuir com o espaço.
Como alternativa, a diretoria do Brusque já planeja uma parceria com o Clube Atlético Carlos Renaux, dono do Augusto Bauer, para a ampliação do octogenário estádio. O projeto, contudo, não está sequer no rascunho e ainda será pautado em reunião durante a semana, mas o vice-presidente do quadricolor, Jonas Stange, afirmou que há interesse. “Acho que poderíamos juntar forças para dar um upgrade no Augusto Bauer, já que a própria manutenção do estádio é cara e o Carlos Renaux tem dificuldades para arcar”, diz.
Ideia inicial
Apesar de não haver projeto, Stange já tem ideias de como ampliar a capacidade. Localizado em área central, o Augusto Bauer fica próximo a residências e empresas, portanto uma obra para aumentar o espaço físico total fica inviável. Com isso, o que sobrou é trabalhar com o espaço que já existe.
“Existe a possibilidade de trazer o campo mais para trás do muro (da perspectiva de quem vê pela arquibancada coberta). Aí precisaria mexer na estrutura do banco de reservas. Reduziria o espaço do corredor, mas abriria um local naquele muro em que se poderia colocar mais torcedores”, diz.
A ideia inicial também contempla a estrutura de uma arquibancada logo na entrada, onde hoje os torcedores acompanham a partida em pé. Apesar de não haver uma conversa oficial com o Carlos Renaux, o presidente do Vovô do Futebol Catarinense, Renato Petruschky, o Tato, diz que há abertura para essa parceria.
“Poderíamos conversar sim, sem problema nenhum. A manutenção do estádio é caríssima, gastamos cerca de R$ 8 mil só para a compra de lâmpadas e reatores, portanto se o Brusque quiser investir, a princípio estamos abertos a tudo”.
Vila Olímpica emperrada
A prefeitura continua pagando as parcelas da compra de um terreno no bairro Volta Grande que seria, a princípio, para a construção da Vila Olímpica – um complexo poliesportivo que abrigaria diversas modalidades e eventos. No projeto havia espaço para um estádio municipal e um campo auxiliar, uma obra pública, mas com parte da responsabilidade do Brusque Futebol Clube. O custo da compra do terreno foi de R$ 3.748.768,80.
Com a troca de prefeitos entre 2015 e 2016, o projeto foi deixado de lado, e a atual administração ainda não deu uma posição sobre o que fará com a área de quase 375 mil m². “A obra emperrou e não tivemos nenhuma posição quanto a isso”, explica Stange.