Brusque Futebol Clube tem R$ 90 mil da verba da Copa do Brasil bloqueados
Atrasos em pagamentos trabalhistas motivaram o bloqueio, clube já regularizou débitos
Dos R$ 525 mil que o Brusque Futebol Clube recebeu pela participação nesta edição da Copa do Brasil, R$ 90 mil ficaram bloqueados por decisão judicial. O valor é referente a atrasos no parcelamento de dois Atos Trabalhistas que o quadricolor paga mensalmente.
O Ato Trabalhista é um acordo firmado entre o clube e a Justiça, no qual a diretoria concorda em pagar suas dívidas com ex-jogadores mensalmente em cada uma das regiões dos atletas – depois, estes valores são redistribuídos aos credores. Atualmente o Bruscão paga cerca de R$ 9 mil mensais em Santa Catarina e R$ 12,5 mil no Rio Grande do Sul.
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O bloqueio de R$ 90 mil foi, na verdade, resultado de uma articulação jurídica para que o confisco não fosse ainda maior. Em um primeiro momento a Justiça havia decretado o bloqueio integral do valor recebido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão era referente a dívida com um jogador específico, o atacante Leandrão, que jogou no Brusque em 2012 – período em que o clube foi presidido por Mauricy Pereira de Souza.
Mas, após uma audiência com o juíz da Vara Trabalhista, o clube conseguiu explicar sobre os pagamentos dos Atos Trabalhistas. “Seria injusto pagar todo o dinheiro a só um jogador, se existem mais a receber. Por isso foi aceitado o bloqueio deste valor dos atrasados”, explica o presidente do clube, Danilo Rezini.
Segundo afirma Rezini, a decisão, embora tenha sido de bloqueio de recursos do Brusque, acabou por ser positiva para o clube. “Desta forma podemos seguir honrando os compromissos com os Atos Trabalhistas. De outra maneira, íamos acabar descumprindo os acordos e seria pior”.
Apertando o cinto
O cenário financeiro do Brusque para o segundo semestre é nebuloso, nas palavras do presidente. O clube terá que apertar o cinto para conseguir disputar o Campeonato Brasileiro Série D. “Vamos dispensar os jogadores que têm contrato encerrado ao fim do estadual e avaliar os que ficam. Faremos contratações, mas com orçamento baixo”.
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Em coletiva de imprensa ainda no início de fevereiro, a diretoria anunciou que o clube deveria fechar o semestre com cerca de R$ 1 milhão em dívidas. “Isso foi exposto aos nossos patrocinadores, e nos foi recomendado economizar no segundo semestre para que tenhamos um 2020 mais confortável”.
Apesar da projeção ruim em curto prazo, para os próximos anos o horizonte é melhor. “O estádio é iminente. Nos próximos dias teremos em mãos a documentação completa da segunda etapa para termos, definitivamente, o terreno sob nossa administração. Com isso teremos estrutura, campos de treino e possibilidade de crescimento”, afirma o presidente.