Brusque perde para o XV de Piracicaba e tem classificação dificultada no Brasileirão Série D
Derrota pode obrigar o Brusque a vencer a última partida contra o Operário (PR); time teve a pior atuação da competição
Derrota pode obrigar o Brusque a vencer a última partida contra o Operário (PR); time teve a pior atuação da competição
Não é exagero dizer que a derrota por 1 a 0 para o XV de Piracicaba, em São Paulo, foi a pior atuação do Brusque na edição do Brasileirão Série D, nesta sexta-feira, 16. Faltou criatividade e ousadia para o time de Pingo que, assim como no jogo contra o São Paulo, na rodada anterior, não teve poder de reação suficiente para sair com a vitória fora de casa.
Agora, tudo depende da partida deste domingo, entre Operário (PR) e São Paulo (RS). Caso o Leão consiga uma vitória fora de casa, pode ficar com os mesmos sete pontos do Bruscão. Fato é que o quadricolor agora se vê obrigado a vencer o Fantasma na última rodada da primeira fase, no próximo dia dia 25.
Sumiu em campo
Era como se o Bruscão não tivesse chegado em Piracicaba durante a primeira etapa de partida. A equipe mal viu a cor da bola, não conseguiu tomá-la dos adversários e ainda foi inofensivo no ataque – sem contar alguns apagões da zaga que espanava o taco, recuava com perigo e vivia claro nervosismo no primeiro tempo de partida.
Para sorte do quadricolor, o ataque alvinegro desperdiçou muitas chances e foi inoperante em diversos momentos.
O único lance que pode ser considerado de perigo para o lado do Brusque foi aos 12 minutos. Ronaell descolou belo cruzamento e Careca cabeceou com perigo, mas o goleiro Mateus defendeu. A equipe até conseguiu trocar alguns passes em determinado instante do confronto, mas não durou muito tempo. Do meio da etapa até o fim, foi o Nhô Quim que partiu para cima com força, qualidade e vontade.
Nem parecia ser o lanterna da chave contra o time que, até outro dia, liderava. De tanto tentar, o time de Piracicaba abriu o placar. Após cobrança de escanteio do Brusque, o XV conseguiu tomar a bola com Zé Mateus que lançou Frontini. O centroavante cruzou bola para Léo Carvalho que serviu Tito para marcar.
Engana-se quem pensou que, a partir daí, o Brusque partiu para cima tentando a igualdade. Foi justamente o oposto. Quem estava com fome de gols era o Nhô Quim e o quadricolor só não tomou mais gols por caprichos do futebol. Ao apito final, o time brusquense saiu aliviado por estar perdendo apenas por 1 a 0.
Equilíbrio, catimba e expulsão
Pingo se sentiu na obrigação de mexer no meio-de-campo. Para o técnico, o problema era com Max, porque apostou em Carlos Magno para a sua posição.
Mas o Brusque começou a jogar melhor mesmo quando o volante Valkenedy saiu para a entrada de Mazinho. O atacante deu mais velocidade e o quadricolor conseguiu a fazer as primeiras tentativas de marcar o gol de empate.
No entanto, restou um buraco no setor de criação. Carlos Magno jogou mais para o ataque e, sem Max, ficava difícil a conexão entre defesa e ataque. As tentativas eram na base de lançamentos, porque até os laterais, Ronaell e João Carlos, estavam apagados na partida.
Soma-se isso ao atacante Romarinho, do XV de Piracicaba, que fez uma bagunça geral na defesa adversária, e também à catimba do Nhô Quim, com os atletas caindo o tempo todo no gramado para esfriar o ímpeto adversário.
A melhor chance do Bruscão foi com Wilson Junior. Cara a cara com Mateus, tentou o chute colocado, mas o goleiro adversário conseguiu desviar para fora.
Após um bom tempo de pressão, o pior aconteceu: João Carlos foi expulso aos 40 minutos. Aí, com um a menos, o XV partiu para cima e o quadricolor, mais uma vez, teve que comemorar a derrota diminuta por apenas 1 a 0.