Brusque pode ficar fora dos Parajasc pela primeira vez em 12 anos
Falta de definição da Fesporte e poucos recursos podem tirar município do páreo
Falta de definição da Fesporte e poucos recursos podem tirar município do páreo
Faltando apenas 10 dias para o começo dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), Brusque ainda não tem sua participação definida na competição. Caso fique de fora, será a primeira vez em 12 anos que o município não levará delegação para uma edição do evento.
Responsável pela delegação da classe Deficiência Intelectual (DI), Marcos Maestri mostrou preocupação com a falta de respostas. “Infelizmente a gente fica nessa angústia, não sabe se participa ou não. É um problema porque temos que comunicar atletas, solicitar licenças das aulas e outras documentações. Temos pressa”, explica. Somente a equipe de DI conta com 33 atletas em diferentes modalidades.
A princípio, os Parajasc – que já sofreram duas alterações de data no ano – serão realizados em Criciúma, entre os dias 1º e 6 de dezembro. No entanto, nos bastidores do esporte, comenta-se que o evento pode não ser realizado.
Palavra da prefeitura
Segundo o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, Brusque primeiro precisa de uma confirmação da realização dos Parajasc. “Foi um evento que teve dois cancelamentos, e comenta-se que pode ser cancelado. Primeiro eles precisam garantir a realização, depois vamos verificar se o município terá recursos para enviar a delegação”, explica.
Questionado sobre o destino dos recursos que já deveriam ser previstos para os Parajasc, Molina afirmou que foi justamente a nebulosidade da realização do evento que reduziu as chances da participação de Brusque. “Nós transferimos parte dos recursos na participação em outros eventos, como os próprios Jasc. É uma pena, mas quem causou tudo isso foi a Fesporte ao adiar a competição por duas vezes consecutivas”.
Em contato com a Fesporte, o diretor técnico da entidade, Dárcio de Saules, garantiu a realização dos Parajasc e afirmou que não existe chances de que a competição não ocorra. O evento deve ser realizado anualmente por força de lei estadual, a 17.131.
Atletas à disposição
Um dos responsáveis pela equipe de Deficientes Visuais (DV), Sidnei Pavesi afirma que a equipe, composta por quatro enxadristas, está à disposição de Brusque para competir. “Conforme o combinado, podemos acompanhar a delegação e representar nosso município, mas infelizmente ainda não temos respostas da prefeitura”, diz.
Disputando a competição há mais de dez anos, Pavesi crê na importância da ida de Brusque a mais uma edição. “Brusque sempre se fez presente, é um evento de fundamental importância para a discussão da questão da inclusão social das pessoas com deficiência. É a oportunidade dos atletas de colocarem em prática o treinamento do ano”.