Brusque se depara com desfalques e chances de permanência na Série B diminuem
Após derrota traumática para o CRB, quadricolor perdeu jogadores importantes; agora, precisa de recuperação mais improvável
Após derrota traumática para o CRB, quadricolor perdeu jogadores importantes; agora, precisa de recuperação mais improvável
Falta menos de um mês para o Brusque terminar uma temporada que teve diversos problemas e erros de diversas partes, que levaram o clube até este momento delicado. É o momento de precisar de algo parecido com um milagre para escapar do rebaixamento à Série C, um ano após o acesso.
Há chance, sim, de salvação, mas a força não é máxima e o time vem de golpes duros em confrontos diretos. Acreditar é mais difícil agora, e isto provavelmente se refletirá no público presente nesta terça-feira, 29, contra a Chapecoense.
O revés para o CRB e sua história mereceriam um capítulo à parte em um livro, tamanhas as consequências para a sequência da Série B, que ainda repercutem. Não são a causa da crise e da situação delicada.
São um sintoma do que foi construído ao longo do ano, agravando um panorama que nunca foi tranquilo. E a derrota por 2 a 0 no Moisés Lucarelli tem sequelas da derrota em casa diante do CRB, que incluem os abalos na confiança e a segurança do elenco, além de algo muito mais material: os desfalques.
O Brusque foi enfrentar a Ponte Preta sem Diego Mathias, Dentinho e Rodrigo Pollero. Estamos falando aqui dos três titulares do ataque de um time que já marca poucos gols. Conseguiu, em casa, construir diversas chances. Paulinho Moccelin, substituto imediato pelas pontas, também está no departamento médico.
Para além destas ausências, Mateus Pivô chega à parte final da temporada com problemas no joelho. Um jogador fundamental, entre as melhores contratações do ano junto com Tato González. De imposição física, velocidade e boas combinações com Diego Mathias, não pode atuar 90 minutos.
Na melancólica derrota para a Ponte Preta, Marcelo Cabo teve que colocar em campo jogadores que voltaram de lesão recentemente, como Luiz Henrique e Jhemerson, ou que não entram em campo há tempos, como Dionísio e Cauari. É neste nível de desfalcado que a equipe estava.
O Brusque ainda depende só de si. Claro, perdeu diversas oportunidades de sair do Z-4 ao longo do ano em todos os momentos que que só dependia de si. Mas ainda dá. Tem que acreditar até a última chance e ter, além de muita determinação e concentração, frieza para jogar sob a pressão em que se encontra.
Em 2020, em meio à crise, era difícil garantir a classificação à segunda fase da Série C. O Brusque conseguiu. Pouco depois, na mesma temporada, o time conseguiu o acesso à Série B emendando duas vitórias após 10 jogos consecutivos sem vencer. Ano passado, cinco vitórias tiraram o quadricolor do meio da tabela rumo ao G-8 da Série C, para um acesso que foi conquistado com duas viradas consecutivas.
E em 2024, pode ser que o improvável aconteça mais uma vez e o Brusque escape do rebaixamento.
Veja como foi chegar aos destroços do avião que caiu em Guabiruba em 1995: