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Brusque sedia competição de xadrez para deficientes visuais

Pela primeira vez a cidade vai ser sede da primeira etapa da Copa Brasil de Xadrez para Deficientes Visuais

Brusque sedia competição de xadrez para deficientes visuais

Pela primeira vez a cidade vai ser sede da primeira etapa da Copa Brasil de Xadrez para Deficientes Visuais

Inicia nesta quinta-feira, 5, a primeira etapa da Copa Brasil de Xadrez para Deficientes Visuais, que será sediada em Brusque. O evento encerra domingo, com entrega de premiações para os naipes masculino e feminino, além da categoria sênior. A Copa é dividida em quatro etapas durante o ano e funciona em sistema de pontos corridos. É a primeira vez que Santa Catarina sedia uma fase da competição.

Está confirmada a participação de 36 enxadristas de todo o país, e Brusque não ficará de fora. O casal Lucimara e Sidnei Pavesi representará o município sede. A etapa será realizada em memória de Rodi Ramos, brusquense que conquistou ouro no Parajasc do ano passado, em parceria com Pavesi. Ele faleceu em janeiro deste ano.

Os atletas de outros municípios chegarão amanhã no aeroporto de Navegantes e receberão transporte gratuito até a sede. Todas as partidas serão realizadas na Arena Brusque. Durante os cinco dias, os atletas ficam alojados no mesmo local.
A realização é uma parceria entre os gestores da Associação de Deficientes Visuais de Brusque (ADVB), a Fundação Municipal de Esportes (FME), a Secretaria de Assistência Social, a Coordenadoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Brusque e a Federação Brasileira de Xadrez para Deficientes Visuais (FBXDV).

Para quebrar barreiras
Daniel Pavesi, um dos organizadores do evento, se diz feliz com a oportunidade que o município recebeu de ser sede de uma etapa. Segundo ele, o xadrez vem sendo utilizado não só como um jogo, mas como um meio de inclusão social para pessoas com deficiência visual. “É um evento nacional de extrema importância. Serve para quebrar barreiras e conscientizar a população sobre a capacidade dos deficientes visuais”, diz. Para Pavesi, o esporte dá melhores condições à vida das pessoas com deficiência. “Aumenta a autoestima e tira essa pessoa de dentro de casa”, observa. O organizador convida a comunidade brusquense para acompanhar as partidas que serão realizadas hoje a partir das 18h, logo após o Congresso Técnico, previsto para iniciar às 17h.

Adaptações

O xadrez para cegos totais é adaptado para viabilizar a jogabilidade. Todas as peças possuem um pino na parte inferior, que se encaixa em orifícios localizados no meio de cada casa do tabuleiro. As casas escuras são mais altas do que as claras. A distinção entre peça branca ou preta é reconhecida pelo deficiente através do tato, já que existe diferença entre as texturas.

Os lances são anunciados de forma clara, repetidos pelo adversário e executados no seu tabuleiro. É necessário exercitar a memorização para lembrar sempre onde as peças foram deixadas. Um jogador cego total pode disputar contra um enxadrista que tenha visão parcial. No entanto, os dois jogam em tabuleiros separados e um mediador se encarrega de fazer as mudanças nos dois tabuleiros conforme as jogadas dos enxadristas.

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