Brusque tem 192 casos de vandalismo no ano

Departamento Geral de Infraestrutura aponta o complexo de lazer do Paquetá como sendo o local que mais sofreu depredação

Brusque tem 192 casos de vandalismo no ano

Departamento Geral de Infraestrutura aponta o complexo de lazer do Paquetá como sendo o local que mais sofreu depredação

As escolas são o principal alvo dos vândalos em Brusque, de acordo com o Departamento Geral de Infraestrutura (DGI). Dados da Polícia Militar mostram que foram registradas 192 ocorrências de danos ou depredação na cidade. A PM não possui uma classificação específica para vandalismo, por isso estes números misturam também danos causados por fenômenos climáticos, acidentes, arrombamentos etc. Ainda assim, a estatística demonstra a proporção que o problema da falta de cuidado com o bem público tomou no município, pois boa parte disso é em decorrência do mau uso de equipamentos públicos.

Embora o problema do vandalismo seja recorrente – como o DGI admite – a Prefeitura de Brusque não possui um levantamento de quanto é gasto na manutenção de construções e equipamentos do município que são estragados por mau uso ou por atos de vandalismo. Segundo o diretor do DGI, Artur Antunes Pereira, o departamento é responsável por prédios públicos, sobretudo escolas, unidades de saúdes, sedes da administração diretas e autarquias, as outras instalações são de competência de outras secretarias.

“Atualmente, o local que mais sofre vandalismo, levando em conta os locais que são de responsabilidade do DGI, é o complexo de lazer do Paquetá, local onde está situada a unidade de saúde do bairro. Frequentemente algumas escolas também recebem visitas de vândalos, que além de danificar o prédio da unidade escolar, por vezes praticam pequenos furtos”, diz Pereira. Ele afirma que, quando há uma ocorrência de vandalismo, é realizado um boletim de ocorrência e solicitado à PM que sejam feitas rondas no local.

No entanto, as estatísticas da Polícia Militar não refletem a informação do DGI de que o complexo do Paquetá é o principal alvo de vândalos. Naquele bairro houve somente uma ocorrência de dano em 2014. “Não identificamos nada anormal ali, mas podemos ficar mais atentos”, diz o tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, que afirma não ter recebido reclamações sobre esse espaço público em específico de ninguém.

Pereira afirma que cada órgão trabalha dentro das suas atribuições para que o vandalismo não seja uma constante. A Prefeitura de Brusque não possui um programa de conscientização específico para este tipo de situação.

Cultura

“Não se evita vandalismo só com a Polícia Militar. Esse comportamento vem de uma cultura de um povo, dos valores morais que se passa. Os valores familiares devem ser reforçados”, diz o tenente-coronel Gomes. Ele afirma que o cidadão que faz este tipo de ato não tem consciência de que, indiretamente, está fazendo mal a sim mesmo, porque o bem público é custeado por todos através do dinheiro dos impostos.

Gomes ressalta que é importante que a comunidade não fique quieta em relação a atos de vandalismo e chame a viatura até o local, porque a ação da PM é feita em cima das estatísticas que são geradas pelo Copom (serviço de emergência). Atualmente, as praças que recebem mais atenção da PM são: Sesquicentenário, Jorge Colzani, Jardim Maluche e da Cidadania. “Estas são as maiores praças, que tem maior número de pessoas frequentando”, afirma o tenente-coronel.

O comandante do batalhão afirma que os policiais que estão trabalhando no ostensivo a pé também atuam para coibir os danos ao patrimônio como complemento ao serviço de rondas já realizado. Além disso, o Programação Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) aborda o cuidado com o patrimônio público e o respeito aos valores morais com os estudantes das séries iniciais.

Punição
O capítulo IV, artigo 163, inciso III do Código Penal determina que a pena para quem comete “contra o patrimônio da União, estado, município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista” está sujeito a prisão de seis meses a um ano ou multa.

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