Brusque tem saldo de quase 3,5 mil empregos no primeiro semestre de 2021; confira dados
Expectativa para o segundo semestre é positiva
Brusque registrou saldo positivo de empregos formais no primeiro semestre de 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No geral, a cidade teve um saldo de 3.465 mil pessoas contratadas, sendo mais de 17,2 mil admissões e mais de 13,7 mil demissões na primeira metade do ano.
Os números de junho foram divulgados na sexta-feira, 30 de julho. O mês com maior saldo foi fevereiro, quando foram abertos 845 novos postos de trabalho. O menor desempenho foi registrado em abril, com 224.
Contudo, no mês de junho, a cidade registrou o saldo de 489 novos postos de trabalho. Sendo o setor de serviços o destaque, com 214 novos empregos, seguido da indústria com 121, construção com 91 e comércio com 62.
Ao visualizar dados do semestre, o setor que somou o maior saldo foi o industrial. Ao longo dos seis primeiros meses do ano, mais de 7,6 mil pessoas foram admitidas no setor, enquanto mais de 5,9 mil foram demitidas, tendo saldo de mais de 1,6 mil.
Outro setor aquecido foi o de serviços, que registrou saldo de 1,3 mil novos postos de trabalho. Neste caso, durante o semestre, mais de 4,9 mil pessoas foram contratadas e 3,6 mil foram demitidas.
No comércio, foram criadas 454 novas vagas durante o semestre. Sendo este o resultado após mais de 3,8 mil pessoas serem admitidas e mais de 3,4 mil serem desligadas.
Empregos e expectativa
A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti, avalia com bons olhos o desempenho do ano, com os setores em reação. “O dólar alto valoriza as indústrias nacionais. Houve poucas transações de fora para dentro e isso gera mais economia no mercado interno. Além disso, o comércio tinha uma demanda reprimida por conta da pandemia”, aponta.
Rita também ressalta que a melhora econômica é reflexo da vacinação contra a Covid-19. “Com a ascensão das vacinas, também temos o turismo mais aquecido, as pessoas estão viajando. A valorização do mercado interno gera mais negócios e isso reflete na economia”, explica.
Com números melhores, Rita diz que a expectativa é boa para o segundo semestre do ano, mas também conta que a avaliação é feita com cautela. Ela cita a demanda reprimida no comércio como um fator positivo.
“Não é aquela melhora exagerada como foi no segundo semestre de 2020, por conta dos auxílios governamentais. Agora, a economia fala por si, os auxílios estão menores e a economia está se reinventando”, completa.
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Setor da construção em reação
A maior queda do semestre foi na construção civil, com a diminuição de 11 pessoas no saldo de empregos. Em comparação com os semestres anteriores, o setor registra queda, pois em no segundo semestre de 2020 foram 35 novos postos de trabalho e no primeiro de 2020 foram 126.
Entretanto, mesmo com o número em baixa no semestre, o setor registra melhora ao longo do ano. Ou seja, gradativamente, os números aumentaram. Em janeiro, por exemplo, o setor registrou o pior desempenho do semestre, com a diminuição de 177 postos de trabalho. Em fevereiro, foi registrada a diminuição de 38 postos.
Porém, em março, o setor teve saldo positivo de 27, o que se seguiu no decorrer do ano. Em abril, o saldo foi de 29, já em maio, o saldo foi de 57. Em junho, o saldo chega a 91.
Segundo Rita, o número do setor neste semestre foi baixo pelos altos valores matérias primas e insumos. “No mês de junho tivemos alta, pois também tínhamos demanda reprimida. O câmbio do dólar favoreceu, mesmo ele abaixando ainda é alto, e isso mexe com todo o comércio”, completa.
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