A média nacional de doadores de órgão por milhão em 2013 foi de 13,3. Santa Catarina terminou o ano com 26,8. O estado ainda é o único na América Latina a remunerar os responsáveis pela busca por doadores, os profissionais da SC Transplantes. No ano passado, foram realizados 1175 transplantes no estado, sendo que a demanda foi de 1206, totalizando 97,42% dos pacientes atendidos.
Nos últimos oito anos, esta foi a sétima vez que Santa Catarina foi líder na proporção de doadores. O Vale do Itajaí tem boa parte deste mérito. O Hospital Santa Isabel em Blumenau, por exemplo, é referência nacional no assunto, tendo realizado 116 transplantes de fígado no ano passado e cerca de 100 de rim. Porém, Brusque, registrou apenas uma doação de órgão desde a criação da SC Transplantes em 1999.
O coordenador da entidade, Joel Andrade, conta que o trabalho da SC Transplantes teve grande sucesso a partir de 2005. “Foi quando começou a nova administração. Um ano antes, o número de doadores por milhão no estado era de 6. Terminamos 2005 com 11,8, praticamente dobramos a taxa em um ano”. Os profissionais da entidade começaram a ser remunerados em maio de 2013, informa o coordenador. “Agora temos metas a alcançar. Nos últimos três meses a média de doadores por milhão chegou a 32, um número muito expressivo”.
A secretária da Saúde de Brusque, Ana Beatriz Baron Ludvig, afirma que o município já fez campanhas em favor das doações e planeja continuar fazendo. Antigamente, era possível se declarar doador pela Carteira de Identidade, hoje em dia não há essa necessidade. “É importantíssimo que as pessoas deixem claro para os seus familiares que querem ser doadoras. Quem vai decidir se os órgãos serão doados ou não é a família”, destaca a secretária.
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