Brusquense Schwanke é o novo auxiliar-técnico da seleção masculina de vôlei
Ex-central foi campeão mundial, disputou Olimpíadas e hoje faz sucesso no Al Rayyan, do Catar
Ex-central foi campeão mundial, disputou Olimpíadas e hoje faz sucesso no Al Rayyan, do Catar
O ex-central brusquense Carlos Eduardo Schwanke é o novo auxiliar-técnico da seleção brasileira de vôlei masculino. O atual técnico do Al Rayyan, do Catar, será o responsável pelo estudo tático dos adversários, pela elaboração de estratégias e treinamentos e pelo treino do bloqueio na equipe comandada por Renan Dal Zotto. Ele se apresenta em Campinas (SP), antes de dois amistosos contra o Canadá, em 22 e 24 de maio, que fazem parte da preparação para a Liga das Nações.
Schwanke, campeão da Copa do Emir com o Al Rayyan no último sábado, 18, foi surpreendido pela convocação de Dal Zotto dias antes. “Quando se está fora do Brasil, como eu, que estou há seis anos fora, a gente pensa que está esquecido. A convocação representa um degrau a mais alcançado na minha carreira como técnico, sou novo e venho abrindo espaço e me firmando no mercado de técnicos pelo mundo, solidifica o trabalho que eu realizo”, relata.
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O brusquense de 45 anos já trabalhou com o atual técnico da seleção na Cimed, antiga equipe de Florianópolis que conquistou quatro títulos da Superliga. Em seus anos em Florianópolis, Dal Zotto foi gerente e também técnico da equipe. A parceria esteve presente também na conquista do Campeonato Sul-Americano, que deu à equipe uma vaga no Mundial de Clubes. “Será fácil me relacionar com ele na seleção. Torço para reeditarmos o sucesso agora na seleção, trabalho não faltará.”
Desde que deixou a Cimed, Schwanke passou por Amriswil, da Suíça, Montes Claros (MG), Al Hilal, da Arábia Saudita, Dar Kulaib, do Bahrein e seleção do Bahrein, até chegar em fevereiro de 2017 ao Al Rayyan, tradicional clube poliesportivo do Catar. Nos últimos quatro anos, já são quase 20 títulos no oriente médio. Comandando a seleção do Bahrein, Schwanke chegou a ser vice-campeão Árabe, ao perder para o Egito na capital adversária, o Cairo.
“Treinar clube e seleção é puxado pois termino a temporada local e começo a temporada de seleções, não há descanso. Mas a hora é de plantar, não reclamo, só foco no que tenho que fazer”, comenta.
Como jogador, Schwanke atuou em alto nível por diversos clubes brasileiros e no exterior. Foi também central da seleção brasileira nos anos 90, com um bronze e uma prata nas edições de 1994 e 1995 da Liga Mundial de Vôlei. Disputou ainda a Olimpíada de 1996, em Atlanta.
Catar
Completamente adaptado ao Oriente Médio, Schwanke começou com dificuldades na Arábia Saudita, um dos países mais conservadores e rigorosos da região. No Bahrein e no Catar, mais abertos, o dia a dia ficou mais simples. Nos treinos, a comunicação é feita em inglês. De vez em quando, o técnico ainda arrisca o básico no árabe para agradar quem é do país, e busca aprender mais sobre a cultura da região.
“O vôlei catari tem o melhor nível do Oriente Médio pelo número de residentes que jogam a liga. O momento mais interessante é o das copas, que são jogadas no final da temporada e grandes nomes do voleibol mundial se apresentam para disputar a Copa do Qatar e a Copa do Emir, esta dá uma boa recompensa para o clube e o direito de jogar o Asiático de clubes”, explica.
No vôlei catari, é necessário que o jogador viva no país por pelo menos dois anos para que tenha o direito à residência e só então possa entrar em quadra para disputar partidas. Foi o caso de Marcus Vinícius, ponteiro do Al Rayyan. “Posso dizer que ele é uma das minhas crias. Quando cheguei ele estava terminando o processo para ser residente. Tinha um potencial imenso e agora está confirmando tudo, sendo o melhor jogador em vários campeonatos que disputamos”, relata Schwanke.
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Além de Marcus Vinícius, o brusquense tem no elenco o levantador André. O trio brasileiro tem o costume de se reunir fora das quadras. “A convivência com os brasileiros que moram aqui é natural pois sentimos saudades das mesmas coisas do Brasil. Sempre que possível, nos reunimos.”
Liga das Nações
O Brasil está no Grupo 2 da Liga das Nações, sediado em Spodek, na Polônia. O jogo de estreia é contra os Estados Unidos, em 31 de maio. Os outros adversários são a Austrália e a anfitriã, Polônia.