Brusquenses realizam sonho de acompanhar partidas da Copa do Mundo na Rússia

Mesmo com preços salgados, vaquinha e vontade de conhecer outro país impulsionaram torcedores

Brusquenses realizam sonho de acompanhar partidas da Copa do Mundo na Rússia

Mesmo com preços salgados, vaquinha e vontade de conhecer outro país impulsionaram torcedores

Há apenas quatro anos o Brasil realizava a sua Copa do Mundo em parceria com a Fifa. Contudo, nem todos tiveram a oportunidade de acompanhar os jogos do Mundial. Em Brusque, torcedores decidiram compensar a ausência fazendo uma longa viagem – que pode chegar a 15 mil quilômetros – até a Rússia, o palco desta edição do evento.

O sonho de acompanhar o maior evento de futebol do mundo será por um preço bem mais salgado. Torcedores do Brasil devem gastar entre R$ 30 e R$ 40 mil – entre passagem, hospedagem, transporte interno e ingressos.

Economizando para viajar
Os preços pouco convidativos não impediram que torcedores como o brusquense Gustavo Pereira Braga de Oliveira seguisse com o plano de ver a Seleção Brasileira em busca do hexacampeonato. “É sempre bom viajar, passear, conhecer novas culturas e novos lugares”. Oliveira formou um grupo de outros nove integrantes que vão para a Europa acompanhar partidas da seleção.

Outro integrante é Éder Daniel Riffel. Ele explica que tudo começou com um impulso há seis anos, mas com comprometimento, tudo deu certo no fim. “Nós somos um grupo de amigos desde o tempo de adolescente, da escola. Demos essa ideia e fomos juntando dinheiro”.

Éder e Gustavo partem na quinta-feira, 21, com destino à Finlândia, onde a aventura começa. Eles seguirão para São Petersburgo para assistir Argentina e Nigéria e Brasil e Sérvia. Além destas duas partidas, eles também compraram ingresso para um jogo das oitavas de final acompanhando o Brasil, independente da posição que o país se classifique.

No começo, o grupo começou juntando R$ 50 mensais. Mais próximo da viagem, as parcelas determinadas já estavam em R$ 300. “Isso foi muito importante. Chegamos na Copa com cerca de 90% de tudo pago. O restante vai ser bem mais fácil de completar”, afirma Gustavo.

Para Éder, visitar a Rússia terá um gosto diferente. “É um lugar com uma cultura bem distinta do que a gente já conhece. Vamos aproveitar a festa da Copa para conhecer a cultura do país”. Ele, contudo, descarta a possibilidade de permanecer na Copa enquanto o Brasil for avançando. “Todos temos família e precisamos voltar, além disso a questão orçamentária pesa”.

Gustavo, que verá a seleção de perto, afirma que gostou do grupo montado, mas tem receios. “É um time bom e muito talentoso, mas com pessoas jovens. Não sei se é um time preparado para ser campeão. De qualquer forma estaremos lá torcendo por um bom desempenho”.

Alto investimento
Quem também teve que desembolsar um bom volume em dinheiro para acompanhar uma partida das oitavas de final foi o brusquense Guilherme Coelho. Segundo ele, o valor pago foi o dobro dos jogos da fase de grupos, mas vale a pena por ser a primeira experiência em uma Copa do Mundo.

O interesse no futebol e na atmosfera do Mundial levou Guilherme a fazer este sacrifício. “Sempre gostei de futebol, jogava salão quando era criança. Em 2016 tive essa ideia de ver a Copa na Rússia, conversei com uns amigos e a ideia foi amadurecendo”, diz.

Guilherme chega no dia 2 de julho e fica pela Europa até o dia 12. Durante o Mundial, ele espera encontrar o tão comentado clima de Copa, com a união de várias nações no estádio. “Espero conhecer turistas, pessoas de outros países neste clima de alegria que o futebol pode proporcionar”.

O ingresso que o brusquense comprou foi para um jogo das oitavas entre o primeiro colocado do Grupo F contra o segundo do Grupo E. Caso a Alemanha passe em primeiro em seu grupo e o Brasil em segundo, Guilherme verá a reedição da semifinal de 2014, que não traz boas memórias ao torcedor brasileiro devido ao trágico 7 a 1.

Terceiro maior público
A Fifa divulgou no dia 7 deste mês o ranking de países que mais compraram ingressos. Os torcedores russos são a maioria dos compradores (871.797 mil), seguidos pelos americanos (88.825). Os brasileiros aparecem em terceiro lugar na lista, com 72.512 bilhetes adquiridos. As vendas começaram em setembro do ano passado e vão até o último jogo, a final do 15 de julho.

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