Cachorrões reclamam de baixas vendas e de problemas na infraestrutura da praça da Cidadania

Prefeitura deve instalar pontos de eletricidade para os estabelecimentos até o fim do ano

Cachorrões reclamam de baixas vendas e de problemas na infraestrutura da praça da Cidadania

Prefeitura deve instalar pontos de eletricidade para os estabelecimentos até o fim do ano

Os donos de food-trucks ou “cachorrões” da praça da Cidadania seguem a busca por um faturamento comparável ao que tinham anteriormente, quando podiam trabalhar nas ruas de Brusque. Durante a adaptação, há também questões de infraestrutura que estão abaixo do aceitável por eles, após quase sete meses atuando no local.

Alguns relatam pequenas melhoras nas vendas nas últimas semanas e reconhecem o reforço na segurança, mas se viram obrigados ampliar seus turnos para tentar vender mais. Francisco César Santos, o Chicão, é dono do Chicão Lanches há 20 anos. Ele teve que praticamente dobrar a quantidade de horas trabalhadas por dia para voltar a ter um faturamento próximo ao que possuía antes da medida. “No geral, está tudo bem, a prefeitura tem cumprido boa parte de suas promessas”, avalia.

Dono do Cachorrão do Marquinhos, Marcos Melzi reclama da iluminação do local, que julga ser fraca, e da infraestrutura em geral, a exemplo de alguns buracos e falhas no calçamento. Os banheiros, muitas vezes trancados a cadeado durante os trabalhos, também incomodam. “Estamos no escuro à noite, não adianta. Já falamos, já tentamos. Tenho que botar uma luz do meu caminhão para compensar, porque se tentamos ligar alguma coisa, a luz do poste diminui também.”

O comerciante começou a abrir ao meio-dia para poder vender mais. Antes, quando ele ficava na avenida Cônsul Carlos Renaux, próximo ao Bradesco, o trabalho começava a partir do fim da tarde.

Ele só concordou em se transferir para a praça da Cidadania porque teve sorte na ordem para escolher a localização. “Se tivesse que ir muito para dentro da praça, eu nem teria vindo pra cá”, explica.

Herton Cortes, do Espetinho do Gaúcho, entende que a Prefeitura de Brusque deveria ter dado todas as condições ideais ao local ao invés de transferi-los à praça enquanto há melhorias a serem feitas. Ele reclama também da falta de mesas e cadeiras públicas e se incomoda com o constante uso da praça para o consumo de drogas, ainda que a questão já tenha sido amenizada pela presença de vigias e por rondas da Polícia Militar. As vendas também desanimam.

“O lugar em si é bom, mas o pessoal não vem. Vendo 10% do que vendia no Centro. Já vim ao meio-dia e no Sábado Fácil, não deu certo. Esta mudança quebrou a gente.”

Movimento é insuficiente para a maioria dos estabelecimentos | Foto: João Vítor Roberge

Trabalhos em andamento
O secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, lembra que a instalação de estruturas como mesas e cadeiras cabe a cada estabelecimento presente na praça, sem responsabilidade da prefeitura.

“Eles inclusive falaram sobre fazer um espaço coberto, com lona, tudo por parte deles. A prefeitura não se comprometeu em manter uma praça de alimentação. Estão sendo feitos até mais eventos no palco da praça na tentativa de movimentar o local.”

Na questão sobre energia elétrica e iluminação, há 18 relógios de eletricidade a serem instalados. Trâmites de licitação e acordos com a Celesc atrasam os trabalhos. Esta parte cabe, de fato, à prefeitura. De acordo com Molina, as instalações devem ser realizadas até o fim do ano. Quanto às reclamações sobre problemas de iluminação, Molina afirma que a prefeitura irá verificar a situação.

“Houve solicitações que recebemos que não competem ao poder público, que não podemos resolver. Se há qualquer problema referente à iluminação pública, postes da praça, a gente procura corrigir, é responsabilidade nossa. Se alguém quiser, no seu estabelecimento instalar alguma iluminação especial, não tem problema, até porque eles irão pagar por esta melhoria particular.”

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